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Andropausa: como tratar a doença

Saúde ainda é bastante negligenciada pelos homens, diz especialista do Unipê

O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), popularmente conhecido como andropausa, atinge cerca de 16 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urogologia (SBU). Perda da qualidade de vida, incluindo em alguns casos da vida sexual, redução da memória, da massa muscular e aparecimento de osteoporose podem ser sintomas da doença. Mas como é feito o seu tratamento?

Como a doença se caracteriza principalmente pelos níveis baixos de testosterona total, o tratamento é feito com a reposição de hormônios masculinos. “A reposição hormonal com testosterona ajuda bastante no alívio dos sintomas. Há relatos muito positivos pelos homens que procuram esse tipo de tratamento”, comenta o nutrólogo e Prof. Me. Lizandro Leite, do curso de Medicina do Unipê.

O urologista e Prof. Me. Augusto José de Aragão, do mesmo curso, aponta outras formas de tratamento, como a “alteração do estilo de vida estimulando o paciente a realizar atividades físicas regularmente, o controle do sobrepeso ou obesidade, além de tratamento de doenças associadas como hipertensão arterial, Diabetes Mellitus e apneia do sono.”

Incentivando o tratamento

Dr. Lizando conta que a saúde do homem tem sido negligenciada ao longo dos anos. O preconceito ainda é um impedimento para muitos indivíduos procurarem menos o médico. E, em geral, segundo o especialista, as esposas que fazem o trabalho de convencê-los a procurar um especialista. “Procuram quando realmente não suportam mais, ou para cuidar de problemas agudos. Por se tratar de um tema que mexe com a intimidade, existe ainda um certo tabu no meio masculino”, diz.

A doença geralmente pode ocorrer entre os 40 e 55 anos de idade. Mas ela pode surgir precocemente, e por diversas causas. A obesidade é apontada como um dos principais motivos, segundo Dr. Lizandro, que levam à queda dos níveis de testosterona. “Procurar um médico para controle de peso e para regular os níveis hormonais, de acordo com a idade, seria o ideal”, recomenda.

No entanto, ele aponta que esse quadro de negligência tem passado por uma profunda mudança. Dr. Lizandro dá dicas aos pacientes com idades entre 40 e 55 anos. “Elas costumam ser: procurar, periodicamente, um médico para avaliar a saúde cardiovascular, procurar fazer exames de rotina, manter regularidade de exercícios físicos, controlar ingestão de álcool e tabagismo, de maneira geral”, pontua.

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