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Caso Marielle: ex-chefe da Polícia Civil teria recebido R$ 400 mil para atrapalhar investigações

Rivaldo Barbosa foi preso na manhã deste domingo (24), junto com os irmãos Brazão, suspeitos de serem os mandantes do crime
Marielle, Marielle Franco
Marielle Franco foi executada a tiros no Rio (Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio)

O ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, teria recebido R$ 400 mil para atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018 — segundo a Polícia Federal. O delegado foi preso neste domingo (24), junto com Chiquinho e Domingos Brazão, suspeitos de serem os mandantes intelectuais do crime.

Prisões de envolvidos

Agentes da Polícia Federal cumpriram, na manhã deste domingo (24), 12 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão em diversos endereços do Rio de Janeiro. Entre os presos estão o deputado federal Chiquinho Brazão, do partido União Brasil, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa. Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

De acordo com a investigação, os presos são os autores intelectuais dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Eles também são suspeitos da tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, assessora de Marielle.

A motivação do crime foi um embate entre Marielle Franco e Chiquinho Brazão em torno de um projeto de lei, de autoria de Brazão, que regularizava terrenos dominados pela milícia. Marielle era contra o projeto e considerada o principal ponto de resistência dentro da Câmara de Vereadores.

A lei foi aprovada, mas vetada pelo então prefeito Marcelo Crivella. O veto foi derrubado pelos parlamentares, o que motivou o MP/RJ a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal. O STF declarou a lei inconstitucional. A relatoria do processo, na época, era do ministro Alexandre de Moraes.

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