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Cine Aruanda exibe filmes com temáticas sobre manifestos de 68

Segunda sessão do projeto ‘Estética, Poder e Relações Interculturais no Cinema Francófono’ apresenta o filme ‘Loucuras de uma primavera’, seguido por debate com a professora Miqueli Michetti. O evento acontece nesta quinta-feira (16), às 17h, no Auditório José Marques, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), em João Pessoa.

O filme ‘Loucuras de uma primavera’ se passa no bucólico ambiente de uma casa no campo onde a matriarca acaba de falecer e notícias sobre as barricadas em Paris causam efeitos curiosos na família em luto. Entre conflitos de ideias e gerações, a direção compõe uma visão crítica e bem humorada sobre ilusões, questionamentos e valores em torno do Maio de 68.

O debate será sediado  Miqueli Michetti, professora do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPB, doutora em Sociologia da Cultura pela Unicamp e pós-doutora pela Columbia University of New York. Já a mediação será de Aécio Amaral, coordenador do projeto e professor do Departamento de Ciências Sociais da UFPB.

O ciclo de filmes e debates é uma promoção do GETS – Grupo de Estudos em Estética, Técnica e Sociedade (CNPq e DCS/UFPB) e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB, em parceria com Associação de Professores de Francês da Paraíba – APFPB, IFPB Jaguaribe, Embaixada da França no Brasil/INSTITUT FRANÇAIS; Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine; Idioma Sem Fronteira – Francês; Departamento de Mediações Interculturais da UFPB; com apoio do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB.

A sessão acontece no Instituto Federal da Paraíba, no campus de João Pessoa, na Avenida Primeiro de Maio, no bairro de Jaguaribe.

Sobre o projeto

A ação seguirá em dez sessões ao longo do ano, sendo que em maio toda a programação será voltada para discussões em torno do Maio de 68* e sua pertinência em temas atuais, além do filme de retomada do projeto, ‘Os Panteras Negras’ (Black Panthers, 1968), de Agnès Varda e ‘Eu, um negro’ (Moi, un noir1958), de Jean Rouch, fazem parte do cronograma deste mês.

Além da mostra, o projeto iniciará ainda este mês, no campus da UFPB, um curso em dez módulos que se relacionam com os filmes e leituras afins. A certificação de participação nas duas atividades (mostra de filmes e curso) para membros internos e externos à UFPB e IFPB serão feitas via lista de presença, sem necessidade de inscrição prévia. O certificado só será emitido com o preenchimento do requisito de 70% de frequência.

*Maio de 68 foi marcado por manifestos estudantis para pedir reformas no setor educacional, na França.

Programação

Quinta (16)

17h
Título: Milou en Mai / Loucuras de uma primavera / França, 1990
Direção: Louis Malle

Sinopse: Em um casarão do sudoeste da França, cercado de vinhedos, a avó acaba de falecer. Estamos em maio de 1968. Apesar das greves, a família virá para o enterro. Milou, o neto da falecida, vai contra o resto da família, que deseja vender a propriedade. Entre conflitos de ideias e gerações, Malle compõe uma visão crítica e bem humorada sobre as ilusões e valores burgueses.

Quinta (30)

17h

Título: Black Panthers / Os Panteras Negras/França, 1968
Direção:AgnèsVarda

Sinopse: Em homenagem à  pioneira da Nouvelle Vague, Agnès Varda (1938-2019). No verão de 1968, os Panteras Negras de Oakland (Califórnia) organizaram vários debates de conscientização em torno do processo de um de seus líderes, Huey Newton. Eles queriam – e conseguiram – chamar a atenção dos americanos e mobilizar as consciências durante esse processo político. Neste sentido, deve-se realmente datar este documento: 1968.

Título: Moi, un noir / Eu, um negro  /França, 1958
Direção: Jean Rouch

Sinopse: Uma semana da vida de jovens nigerianos que chegam à capital da Costa do Marfim em busca de trabalho. O herói, que conta sua própria história, se autodenomina Edward G. Robinson, em honra ao ator americano. Da mesma forma, seus amigos escolhem pseudônimos para simbolizar uma personalidade ideal. Eles realizam trabalhos servis como estivadores, carregando sacos e suprimentos úteis para a

Europa. À noite, bebem suas mágoas em bares enquanto sonham com vidas idealizadas. Cada dia é introduzido por uma narração de Jean Rouch, considerado o pai da etno ficção.

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