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Compra e venda de veículos exige cuidados contra fraudes

Em meio a golpes e fraudes que enganam tanto quem vende quanto quem compra veículos, é preciso buscar orientações para se obter um material com a qualidade necessária e que evite futuros transtornos para os negociantes. Seja pela internet, concessionária ou venda por terceiros é preciso atenção antes de tomar a decisão de fechar negócio.

Em junho deste ano, por exemplo, a Polícia Civil de João Pessoa já havia emitido um alerta para um golpe virtual de venda de veículos em sites de anúncios. Nesse tipo de fraude, o criminoso faz contato com a pessoa proprietária e garante a compra, conta uma história fictícia e informa que pagará a quantia solicitada, mas o veículo costuma ser entregue a uma terceira pessoa que irá ao local analisá-lo e fechar a compra, para que em seguida a postagem seja tirada do ar.

“Nesse momento, entra a segunda fase do golpe. O estelionatário já fez cópia do anúncio e das imagens do veículo. Ele publica novamente o anúncio, colocando seu próprio número de contato e se passando por dono do carro”, explicou o delegado Carlos Othon.

Diante de casos como esse, uma pessoa, ainda que bem intencionada, pode negociar a compra desses veículos se não seguir as instruções adequadas. E para que um negócio não resulte em prejuízos, seja para um veículo comprado, vendido, novo ou usado, é preciso se precaver antes de assumir a responsabilidade pelo produto. Para isso, o Portal Correio conversou com especialistas que deram orientações para o caso.

Orientação da polícia

O delegado Eduardo Almeida, da Polícia Civil de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, informou o que mais se observa em delegacias quando acontecem problemas após a negociação de veículos. Ele contou que os compradores costumam menosprezar a transferência do veículo para o nome deles e, quando percebem, foram vítimas de golpes.

“As explicações para postergar são por diversos motivos, como: o vendedor está devendo algumas parcelas da negociação; o vendedor (quando a documentação não está em seu nome) afirma por algum motivo, que a pessoa constada como proprietária na documentação não pode transferir no momento etc.,” contou o delegado.

Para ele, o mais seguro é que vendedor e comprador sempre procurem estar em dia com o veículo, sendo assim, é mais fácil saber as origens da moto ou do carro e a situação atual. “Se o comprador fica com o carro ‘de boca’ e não passa pela vistoria necessária no Detran, fazendo apenas uma vistoria pessoal e/ou em oficinas mecânicas, não sendo, muitas vezes eficaz, acabam sendo surpreendidos depois. Por vezes, em situações constrangedoras, por exemplo, quando são parados em uma blitze policial e se constata que o veículo é um roubado ou furtado”.

Além de enfatizar a importância da transferência de nome e da checagem no Departamento Estadual de Trânsito (Detrab), o delegado destacou que após o mínimo de desconfiança do comprador, ou vendedor, é preciso registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima para que o caso possa ser investigado.

Vistoria no Detran

Conforme o diretor de operações do Detran na Paraíba, Orlando Soares, para quem vai comprar um veículo usado é preciso atenção. “A pessoa tem que ver se esse veículo não tem nenhuma pendência, já que ele pode ter demanda judicial. Por exemplo, um carro financiado que ainda não pode ser vendido, ver se o carro que não tem alienação fiduciária e se não teria nenhuma restrição”.

Conforme ele, no momento da vistoria, são detectados vários pontos com o foco principal de identificar se o carro pode passar por transferência e em seguida ser vendido. No próprio site do departamento é possível ter acesso a situação do o veículo, para chegar se está com alguma pendência de ordem de pagamento, entre outras situações.

“Podem ser multas também. Tem situações de multas em que o responsável ainda é o antigo proprietário do veículo e elas podem estar ou não no nosso site, como base exigível de cobrança. Tem multas que são de outros órgãos como da Polícia Rodoviária Federal e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, que geralmente chegam com mais atraso. Então são por situações assim que você tem que saber se o veículo tem empecilhos antes de comprar”, finalizou o diretor.

Concessionária como principal recomendação

O gerente comercial da concessionária Novo Rumo Honda, Cláudio Mendonça, explica que a primeira recomendação para que a compra de um veículo seja feita com segurança é que o comprador procure uma concessionária autorizada, uma vez que nelas o cliente encontrará consultores de vendas qualificados para ajudá-los no processo de compra.

“É o melhor local para se fazer um bom negócio. O comprador encontrará uma estrutura confortável para atendê-lo, diversos modelos à disposição e toda a segurança necessária para a realização da compra. Além da venda, a concessionária oferece outros produtos e serviços de boa qualidade para os clientes, como o seguro, boutique com equipamentos, vestuário, peças genuínas e serviços especializados,” explicou Cláudio.

Conforme ele, adquirir um veículo em uma concessionária, o comprador tem a segurança necessária para realizar a negociação e a certeza de estar levando para casa um veículo com garantias e procedência confiável.

Na aquisição de veículos usados, por sua vez, Cláudio explica que o comprador precisará ficar atento em relação à segurança da negociação. Para ele, ser vítima de golpe implica além de receber um veículo com problemas na documentação, como por exemplo, encontrar problemas mecânicos graves e ou estruturais não informados.

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