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Deboche

Do ponto de vista legal, o ato administrativo até encontra amparo legal, segundo alguns juristas consultados pela Coluna, mas tomando por base o apurado nos bastidores e todas nítidas evidências, a Câmara de Santa Rita tem sido pautada por um casuísmo despudorado e um golpismo criminoso.

Duplamente: quando cassou sumariamente Reginaldo Pereira e agora, quando, de repente, anula todo o rito perpetrado por ela própria para afastar o prefeito por razões muito mais de foro político do que jurídico. Detalhe: nada do que a Câmara fez foi revisto nas instâncias judiciais. Pelo contrário, o Judiciário vinha confirmando.

Com a nova “jogada”, a Câmara afasta o vice-prefeito Netinho de Várzea Nova, que respondia pelo cargo há oito meses. Ao que tudo leva a crer, a nova rasteira também é política e ponto alto da retaliação de um grupo de parlamentares não atendidos em seus interesses pouco confessáveis.

Ou seja, a cena se repete. Da mesma forma que apearam calculadamente Reginaldo Pereira do poder, em represália aos poucos espaços, vantagens e cargos, os edis santa-ritenses usaram das prerrogativas garantidas no Regimento Interno da Câmara para trocar novamente de prefeito.

Ninguém sabe ao certo quais foram as reais motivações e quais acertos impulsionaram a reviravolta na cidade, pouco explicada pelos parlamentares. Ao certo mesmo só a constatação deprimente em torno de uma das mais importantes cidades do Estado à beira de um colapso, vítima de uma deprimente representação política.

Do jeito que vai, a Câmara de Santa Rita caminha para deixar as páginas de política para entrar no noticiário policial. O Poder Legislativo local tem tratado a cidade como mero instrumento de barganha para interesses e projetos escusos e pessoais, sob os olhares de inércia da população e a indiferença do Judiciário, a quem cabe botar moral e estancar um quadro de total avacalhamento político-administrativo.

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