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Economista avalia a reabertura do comércio de serviços não essenciais

No Brasil, várias cidades já retomaram as atividades de comércio, mas com a imposição de medidas de segurança contra a Covid-19 para a população. Na Paraíba também houve tentativas de algumas cidades, como Sousa e Patos.

Até esta sexta-feira (3), segundo dados do IBGE sobre o país, o setor que mais sentiu com a pandemia foi o secundário (indústria: -18,8% em abril de 2020), seguido pelo setor terciário (serviços: -6,9% e comércio: -6,9%, no mesmo período). Na contramão, o ramo agrícola, que é do setor primário, cresceu 0,39% em março e 1,91% no trimestre, o ramo pecuário cresceu 2,04% no mês e 6,11% no acumulado dos três primeiros meses de 2020.

Crescimento a curto prazo

Com a reabertura de atividades não essenciais no país, a economista e Profa. Ma. Ailza Silva de Lima, de Ciências Contábeis do Unipê, avalia que o comércio (calçados, vestuários e eletrônicos) e os serviços (salão de beleza, barbearias e academias) são setores que podem apresentar um crescimento a curto prazo já nas primeiras etapas de flexibilização.

“Em períodos de crise global e insegurança por conta da pandemia, a reabertura do comércio pode não apresentar uma elevação expressiva na receita, entretanto pode gerar receita para cobertura dos custos fixos do empreendedor, como os gastos com o aluguel, salário dos funcionários e despesas fixas”, aponta.

Isolamento social

Mas ela ressalta que a população deve entender que buscar evitar o contágio, com o isolamento social e higienização correta das mãos, recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), continuam sendo a melhor maneira de atravessar a pandemia com segurança.

Mesmo com as restrições atuais, as vendas podem ser impulsionadas no meio on-line, recomenda a professora. Ailza reforça que o delivery e as plataformas on-line são as formas mais indicadas para as compras, considerando que o distanciamento social é a melhor forma de prevenção diante da pandemia pela Covid-19 no momento, e as empresas precisam se adaptar a essa nova forma de consumo.

Redes sociais

Ailza sugere: empresas locais “que não possuem a modalidade de venda digital, podem utilizar as redes sociais ao seu favor, bem como as plataformas que dão possibilidades para ofertarem os seus produtos”.

“É possível fazer compras dos itens mais simples, como uma refeição, aos mais complexos, como mobília para a casa.  Existem serviços de delivery que oferecem a devolução do pagamento caso o seu produto chegue em mal estado, bem como o recebimento das compras em casa em menos de uma hora”, diz.

Para ela, o retorno normal de todas as atividades não será da noite para o dia no país. “A curva de contaminação no Brasil ainda está elevada e o crescimento do número de novos casos de coronavírus aumenta a cada dia”, conclui.    

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