A coceira ou o prurido vaginal tem diversas causas, desde alergias até doenças graves como câncer. Em geral, pode-se dividi-la em duas: a externa e a interna. A primeira acomete a vulva e a segunda, o canal vaginal. E quando o assunto é tratar, a principal orientação é buscar orientação médica com ginecologista e obstetra.
“Não se tem prazo previsto para procurar ajuda médica. Às vezes, nas primeiras horas a sintomatologia já é bastante incômoda, principalmente se associada a outros sinais. Portanto, não se deve esperar e, principalmente, a pessoa não deve se automedicar”, frisa a médica ginecologista e obstetra Etiene Galvão, professora do curso de Medicina do Unipê.
A coceira vaginal pode significar uma condição de saúde subjacente, ou seja, que não se manifesta tão explicitamente. Dentre essas condições, estão:
– Alergias (inclusive ao sêmen) e assaduras;
– Estresse;
– Vulvodínia (dor crônica na vulva);
– Parasitose (oxiúro);
– Infecções vaginais (candidíase) e ou sexualmente transmissíveis (ISTs), como HPV, herpes genital, clamídia, gonorreia e tricomoníase;
– Alterações hormonais;
– Líquen plano (erupções pequenas e discretas pápulas e, depois, placas rugosas e escamosas);
– Higiene íntima inadequada;
– Pediculose pubiana (piolhos);
– Corpo estranho;
– Tricotomia (remoção de pelos feita antes de uma cirurgia);
– Saponáceos com odor e cor;
– Câncer de vulva.
“Há alguns fatores de risco para a coceira vaginal. O uso de medicamentos, como antibióticos ou quando o uso indevido, é um exemplo. Calças apertadas, roupas sintéticas, roupas íntimas deixadas em ambientes úmidos e sem luz, duchas vaginais, absorventes internos e sexo sem proteção são outros. Ou seja, tudo que concorre para que o pH e a microbiota se desequilibrem podem ser considerados fatores de risco para o prurido vaginal. Assim, a prevenção ideal é evitar esses fatores”, explica Etiene.
Para tratar o prurido vaginal, antes é preciso conhecer a sua causa. O ideal é se consultar com ginecologista e obstetra (a depender do caso, pode ser necessário buscar outros especialistas). E só a partir do diagnóstico é possível estipular um tratamento. “Fazer visitas periódicas ao seu profissional de confiança, mesmo que não haja sintomas, é também uma forma de prevenir possíveis doenças e preservar a sua saúde íntima”, conclui a médica.
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