Pelo menos três institutos de longa permanência para idosos na Paraíba foram duramente afetados pelo novo coronavírus, ou com suspeitas, em João Pessoa e Campina Grande. Apesar das recomendações emitidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), até o começo da tarde desta quinta-feira (28), havia casos confirmados ou em investigação na Associação Promocional do Ancião Dr. João Meira de Menezes (Aspan) e na Vila Vicentina, na Capital, e no São Vicente de Paulo, em Campina Grande, incluindo óbitos.
A Vila Vicentina, em João Pessoa, registrou duas mortes suspeitas. Idosos de 92 e 110 anos morreram com os mesmos sintomas da doença causada pelo novo vírus. Outro idoso, de 74 anos, está intenado em situação grave.
O caso mais recente ocorreu nessa quarta-feira (27), quando um idoso de 110 anos morreu com sintomas suspeitos no Hospital Santa Isabel, em João Pessoa, onde estava internado desde o dia 20 de maio.
Segundo a direção da instituição de longa permanência, oito idosos tiveram resultado positivo para o coronavírus em testes rápidos feitos no local, mas estão isolados com sintomas leves ou assintomáticos.
Dos seis cuidadores com testes positivos para o patógeno, quatro ainda estão afastados das atividades e outros dois devem voltar ao trabalho nesta sexta-feira (29).
A Aspan, em João Pessoa, foi a instituição de longa permanência mais afetada, até agora, com a pandemia. O abrigo informou ao Portal Correio nesta quinta-feira (28) que registrou seis idosos mortos por Covid-19 e outros 14 internos com testes positivos para coronavírus, sendo 12 recuperados e 2 em tratamento.
Em Campina Grande, o Instituto São Vicente de Paulo registrou 11 cofirmações em testes para coronavírus, sendo seis em idosos residentes e cinco em profissionais. Além desses casos, uma idosa com diagnóstico confirmado da doença morreu na noite de sexta-feira (22), e outra idosa com suspeita de Covid-19 morreu na noite da quinta-feira (21).
O Comitê de Monitoramento e Fiscalização das Instituições de Longa Permanência para Idosos, coordenado pelo Ministério Público da Paraíba, expediu recomendação aos gestores dessas entidades para que restrinjam as visitas dos familiares dos idosos, permitindo apenas a situações emergenciais e que justifiquem o contato físico dos idosos com pessoas de fora do abrigo.
Além disso, foi recomendado que as instituições comuniquem imediatamente à Secretaria de Saúde do Município sobre os casos de idosos que apresentarem qualquer sintoma da doença, promovendo, de imediato, a retirada do idoso do convívio comunitário. Os casos suspeitos ou prováveis devem ser notificados de forma imediata (em até 24 horas) pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, à Secretaria de Estado de Saúde.
Segundo o coordenador do comitê, procurador de Justiça Valberto Lira, as medidas são necessárias nesse cenário pandemia do novo coronavírus principalmente porque os idosos fazem parte do grupo de risco.
Ele destacou ainda que as instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei.
Mais medidas recomendadas:
As instituições de longa permanência para idosos precisam de doações de alimentos, produtos de higiene e equipamentos de proteção individual. Veja abaixo como colaborar: