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Mais de 5 anos depois, Breno Morais quebra o silêncio. Envolvido em um escândalo de manipulação de resultados no Campeonato Paraibano, investigado pela Operação Cartola, o ex-vice presidente de futebol e hoje conselheiro benemérito do clube afirmou em entrevista ao “De Fora da Área” (podcast esportivo da TV Correio e Correio Digital Lab), que foi orientado pelos advogados a “ficar quieto” durante esse tempo, mas que confia na Justiça para provar sua inocência.
Apesar de banido do futebol por conta dos desdobramentos da Cartola, Breno seguiu atuando nos bastidores do clube e diz que irá continuar exercendo esse papel na Maravilha do Contorno.
“Eu fui banido do futebol, mas do clube o STJD não pode me banir. A gente confia (na Justiça) sabe da verdade das coisas, então vamos dar tempo ao tempo”, disse.
Na entrevista, Breno falou sobre vários temas: não poupou críticas a adversários e a imprensa e revelou as mágoas guardadas em consequência das acusações que sofreu, falou sobre o passado, presente e futuro do Botafogo-PB, além de responder uma pergunta que muitos torcedores alvinegros gostariam de fazer: Breno quer ser presidente do Belo?
Veja alguns dos principais momentos da entrevista:
Consequências da ‘Operação Cartola’
“Isso trouxe e ainda traz consequências para mim, para minha esposa, meus filhos. Estes anos todos fiquei sem fazer comentários sobre nada, porque se não me deram oportunidade no começo, que estava na fase de investigação, depois que se tornou um processo, tive que me render a opinião dos meus advogados para ficar quieto, se defender como puder”
Breno, presidente?
“Não tenho esse desejo pelo motivo de não ter tempo. O Botafogo é um clube que o presidente tem que saber tudo. Se eu tivesse esse desejo, podia ter sido, mas continuo colaborando com quem estiver (na presidência)”
Clube-empresa
“Sou a favor. Se você não enxergar que ou você tem recurso, ou não vai fazer nada, não vai fazer nada. Vamos enfrentar clubes que já vão entrar no próximo ano com pelo menos R$ 30 milhões em caixa. Dos que subiram da Série D, Ferroviária (Ceará) é uma SAF”
Relação com a imprensa
“Logo no começo (da Operação Cartola), foi uma avalanche de comentários de todas as partes e mágoas ficam. Tinham pessoas na própria imprensa que quase todo dia se comunicavam comigo sobre Botafogo, sobre futebol, e depois que isso veio à tona, nunca mais me ligaram para perguntar se era verdade ou mentira, o que tinha e não tinha a ver. Se eu fosse uma pessoa que ficasse olhando para trás, pensando em coisas negativas, poderia ter me excluído, recolhido, ido embora (do Botafogo). Mas fiz exatamente o contrário”
Projetando 2024
“Governador e prefeito (de João Pessoa) se comprometeram a continuar ajudando com patrocínios. A cota da Série C será aumentada também. Na próxima temporada, será um pouco diferente porque no começo dessa temporada, fizemos um time financeiramente muito baixo porque não tínhamos nenhuma garantia – não conseguimos nem classificar para a Copa do Nordeste, Campeonato Paraibano só despesa… Foi um time feito com perspectiva de muita coisa dar certo, mas não deu, porque não tinha recurso. Tivemos que montar outro time (no segundo semestre), com recurso, e a gente foi ‘clareando’ as coisas”.
Problemas na base
“(O clube) Não investe na base porque não tem dinheiro. A gente terceirizou por dois anos a base. Fomos campeões paraibanos e fomos para a Copa São Paulo, com a melhor campanha do clube na história. Acabou a parceria porque os investidores acharam que não deveria mais investir, mas até o Sub-15 o Botafogo tem base”.
Contratações
O Botafogo de 2024, os nomes apresentados até agora, fiquei muito satisfeito. Temos um goleiro que eu sei, mas não posso dizer (o nome), porque está disputando a Série B e tem um pré-contrato com o clube, mas ele pediu para não anunciar até o final (do campeonato)
Sistema Correio de Comunicação.
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