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Medicina chinesa tem práticas incluídas em lista da OMS

A medicina tradicional chinesa está se tornando um fenômeno global. Pela primeira vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está planejando incluir diagnósticos da medicina tradicional em seus relatórios, o que poderia facilitar diagnósticos e termos já utilizados para quem usa a acupuntura, por exemplo, como “Madeira sobrecarregando Terra”.

O termo é utilizado quando há indigestão, provocada pelo estresse. Um dos tratamentos é a acupuntura e fitoterápicos.

O uso da medicina chinesa remonta há mais de 2,5 mil anos e se baseia em conceitos como encontrar a harmonia entre forças opostas, porém complementares, como o yin e yan.

A inclusão da medicina tradicional nessa lista da OMS, a Classificação Internacional de Doenças (CID), foi comemorada por médicos orientais.  “É uma etapa realmente positiva no reconhecimento da medicina tradicional chinesa como uma opção médica para ajudar pessoas”, diz Lixin Huang, diretor executivo do Colégio Americano de Medicina Tradicional Chinesa, no Instituto de Estudos Integrais da Califórnia, em São Francisco.

“Acredito que, no início, isso será simbólico, pois muitos médicos não possuem conhecimento sobre como incluir isso em seus tratamentos, mas agora reconhecerão que isso é uma opção”, completou.

Segundo uma reportagem publicada pela conceituada revista Nature, há uma crescente descoberta dos centros médicos da China, que estão atraindo dezenas de milhares de estrangeiro. No exterior, a medicina tradicional chegou a cidades como Barcelona, ​​Budapeste e Dubai nos últimos três anos, e aumentou as vendas de remédios tradicionais.

A OMS tem apoiado avidamente os medicamentos tradicionais, como um passo em direção ao seu objetivo de longo prazo da assistência universal à saúde. Segundo a agência, os tratamentos tradicionais são menos dispendiosos e mais acessíveis que a medicina ocidental em alguns países.

A MTC é baseada em teorias sobre o “qi”, uma energia vital que flui ao longo dos canais do corpo e chamados de meridianos. Na acupuntura, por exemplo, as agulhas perfuram a pele para tocar em qualquer uma das centenas de pontos nos meridianos, onde o fluxo de qi pode ser redirecionado para restaurar a saúde. Dizem que tratamentos, acupuntura ou remédios à base de plantas, funcionam reequilibrando forças conhecidas como yin e yang.

Os críticos, no entanto, argumentam que não há evidências fisiológicas de que o “qi” ou os meridianos existam, e poucas evidências de que a medicina tradicional chinesa funcione na prática.

Houve apenas alguns casos em que os tratamentos com ervas da China se mostraram eficazes em ensaios clínicos controlados e randomizados, especialmente com a artemisinin, uma molécula poderosa que age no tratamento contra a malária.

Outra crítica está no fato de que caçadores têm perseguido animais, como os rinocerontes, atrás de partes do corpo para utilização na medicina tradicional chinesa.

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