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Munição para matar vereadora no RJ teria sido da PB

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira (16) que a munição usada para matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi roubada da Polícia Federal há muitos anos. Segundo ele, um dos roubos aconteceu nos Correios da Paraíba e outro foi cometido por um escrivão na Superintendência da PF do Rio de Janeiro, que já responde inquérito pelo crime. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Jungmann afirma que a PF já abriu mais de 50 inquéritos ao longo dos anos por conta desta munição desviada. Um dos casos mais conhecidos, disse ele, é de uma chacina em Osasco, que foi cometida com o mesmo lote de munição. Na ocasião, 23 pessoas foram assassinadas, em agosto de 2015.

O ministro disse que a PF já designou um especialista em impressões digitais e DNA para fazer exame na munição e vai confrontar os dados para ver se descobre a autoria do crime. A investigação, no entanto, terá um complicador adicional. A Polícia Federal não tem o registro completo da munição que cada policial recebe ao longo da carreira, segundo disse à reportagem um dos mais experientes delegados da área.

Uma perícia indicou que as balas que mataram Marielle faziam parte do lote UZZ-18, vendidas à Polícia Federal de Brasília em 2006. As polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento para tentar descobrir se houve desvio do material.

Caso Marielle

A vereadora foi assassinada a tiros na noite de quarta-feira (14) após deixar o evento ‘Jovens Negras Movendo as Estruturas’, na Lapa. O crime aconteceu por volta das 21h30, próximo à prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela, Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Eles estavam acompanhados da assessora da vereadora, que foi atingida por estilhaços.

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