O Conselho Municipal de Saúde de Campina Grande esteve reunido na tarde dessa terça-feira (14) com o presidente da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), Helder Macedo, e com a secretária de Saúde do Município, Lúcia Derks, para discutir a desativação do setor de Pediatria do hospital prevista para ocorrer até o mês de dezembro. Os leitos existentes na unidade serão deslocados para o Hospital da Criança e do Adolescente.
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O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Joseilton Brito, cobrou um estudo detalhado sobre a transferência de 22 leitos que atualmente estão disponíveis na FAP e que serão levados para o Hospital da Criança e do Adolescente que passará a contar com 62 leitos.
Para Joseilton, é necessário que os trâmites dessa transferência fiquem bem claros no intuito de assegurar que as crianças do município não acabem sendo prejudicadas. “Nós solicitamos essas informações para que possamos ter a certeza que não haverá redução no número de leitos em Campina Grande. O Conselho irá acompanhar todo o processo de mudança”, ressaltou Joseilton.
O Conselho estabeleceu um prazo de 15 dias para seja entregue um relatório por parte da direção da FAP. O presidente da FAP, Helder Macedo, participou da reunião e explicou que a instituição pretende transformar a Fundação em um Centro de Referência em Cancerologia no Nordeste. “Atualmente temos 22 leitos de pediatria e uma média de oito ficam ocupados, enfrentamos o problema da falta de profissionais”, disse Helder.
A secretária de Saúde do Município, Lúcia Derks, garantiu para o Conselho que não haverá perda de leitos de pediatria e a Secretaria de Saúde irá assumir a despesa dos 22 leitos que serão acrescidos ao Hospital da Criança. “Nós vamos ampliar o atendimento e os profissionais que atuam na FAP passarão a atender no Hospital da Criança”, afirmou Lúcia.
Oncologia
O presidente da FAP, Helder Macedo, também falou sobre a crise que a instituição enfrenta nos setores de oncologia e hemodiálise e ressaltou que o Hospital estimava a realização de 460 cirurgias oncológicas para todo o ano de 2014, porém até o mês de setembro já haviam sido registrados 660 procedimentos, o que causou um déficit de R$ 550 mil para custeio das despesas.
“Nós estamos aguardando a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde que vai garantir o repasse de mais recursos para garantir a realização das cirurgias tranquilamente até o fim do ano”, concluiu Helder.