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Pneumonia bacteriana tem maior incidência de mortes em idosos, alerta médico

Faixa etária corresponde a 80% dos casos de mortalidade pela doença no Brasil
Policlínica Jaguaribe
Policlínica Municipal de Jaguaribe é referência de tratamento da doença em João Pessoa (Foto: Ivomar Gomes/Secom-JP)

Todo processo respiratório que tenha febre alta e chegue de repente, com secreção e dor no peito, precisa ser avaliada por um médico imediatamente, principalmente se for em idosos, cuja faixa etária corresponde a 80% dos casos de mortalidade por pneumonia no Brasil na forma bacteriana. O alerta é do pneumologista Sebastião Oliveira Costa, da rede municipal de Saúde de João Pessoa.
 
A Organização Mundial de Saúde instituiu 12 de novembro como o Dia Mundial da Pneumonia.  A data foi criada em 2009 com o objetivo de reforçar a importância da prevenção e dos riscos da doença que ataca os pulmões, podendo ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na época do inverno, devido à mudança brusca de temperatura. Ela pode ser provocada por bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos.
 
 A pneumonia também continua sendo a principal causa de morte de crianças até cinco anos e também de idosos. O pneumologista salienta que a doença costuma surgir com mais frequência até os 10 anos e depois, aos 60 anos. “Além da tosse, com secreção escura, dificuldade de respirar e dor no peito, que são os sintomas principais da doença, os idosos também podem apresentar perda de memória e como muita gente não tem conhecimento sobre isso, termina não associando a pneumonia, o que é um agravante para o paciente a partir dos 60 anos”, acrescentou. 
 
De acordo com o médico, geralmente, as pneumonias são classificadas como adquiridas na comunidade e hospitalares. A primeira, gerada pelas bactérias ou por vírus, são tratadas com medicamentos comuns, prescritos nos consultórios, e a segunda à base de antibióticos por ser mais agressiva. “Mas existe vacina para prevenir as pneumonias por bactérias, principalmente pelo pneumococo, que é a bactéria que mais provoca pneumonia no mundo”, frisou, salientando que quanto antes ocorrer a procura pelo especialista, o tratamento surtirá efeito mais rapidamente.   

Tratamento em João Pessoa

A Policlínica Municipal de Jaguaribe é referência no tratamento de pneumonia na Capital. Aproximadamente 1.700 pessoas buscaram atendimento este ano na unidade, localizada no bairro de Jaguaribe, para diagnóstico da doença que provoca uma inflamação aguda e dificuldades para respirar, entre outros problemas que podem levar à morte. 
 
Segundo a diretora da Policlínica, Lazuir Braga Matos, a média de atendimento na Pneumologia é de 168 consultas ao mês. “Somos referência em pneumologia no Município, com equipe de pneumologistas para atender a demanda”, acrescentou, ressaltando que o serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, mediante agendamento. 
 
“É preciso que o paciente venha encaminhado pelo PSF e autorizado pela Regulação. A partir daí, fazemos o agendamento da consulta com o pneumologista dentro de um prazo razoável de espera. Nos casos mais críticos da doença, quando já está em estado avançado, o PSF encaminha o paciente direto para a urgência da clínica para atendimento e demais providências”, explicou.

Na policlínica municipal, localizada na Rua Alberto de Brito, 143, o paciente realiza  exame de sangue, auscultação dos pulmões e faz radiografia do tórax, que são recursos essenciais para o diagnóstico. O Município  também disponibiliza vacina gratuita à população quando recomendada pelo médico.
          
Ainda na rede municipal, a Policlínica do Cristo também auxilia no atendimento e diagnóstico, só que limitada a consulta com um clínico e não com um pneumologista, disponibilizando também o serviço de raio X do tórax. A diretora, Fátima Miranda, disse que foi implantado um grupo multidisciplinar nesta unidade para dar suporte aos pacientes que fumam, visto que o tabagismo é outra porta de entrada para a pneumonia. 
 
Estudos mostram que, assim como o fumo, que provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos, outros fatores são considerados de risco para a doença: o álcool, que interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; o ar-condicionado, que deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias, resfriados mal cuidados e as mudanças bruscas de temperatura.

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