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Spotify vai tirar funk do ar após denúncia de paraibana

Após denúncia de uma paraibana contra a música ‘Surubinha de leve’, do cantor Mc Diguinho, a plataforma ‘Spotify’ vai tirar a música do canal. Segundo Yasmin Formiga, a letra faz apologia ao estupro. A estudante divulgou, nesta quarta-feira (17), uma petição em seu Facebook para a rede tirar a canção do ar, convocando os seguidores para assiná-la.

“Pedimos ao Spotify Brasil que retire essa canção de seu catálogo, pois uma obra que estimula a violência e desvalorização das mulheres não merece ser divulgada ou compartilhada amplamente, sem uma devida restrição ou indicação de idade”, pediu Yasmin.

Na nota oficial, o canal diz que a música vai sair do ar em algumas horas. “Informamos que contatamos a distribuidora da música ‘Só Surubinha de Leve’ a respeito do ocorrido, e fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido a nossa atenção. A música está atualmente no Top Viral pois teve um pico de consumo nos últimos dias”.

A canção está no topo da lista do Spotify, que reúne as mais virais do momento.

Protesto na Paraíba

Nessa segunda-feira (15), a jovem de 20 anos denunciou a música ‘Surubinha de leve’, de Mc Diguinho, em uma publicação no Facebook, que viralizou e atingiu a marca de mais de 1 milhão de comentários e 127 mil compartilhamentos nesta quarta (17).

No post, Yasmin segura uma placa com o refrão da música que diz “taca a bebida/ depois taca a pica/ e abandona na rua”. Segundo a estudante, que, na foto, está maquiada como se tivesse sido violentada, a música faz apologia ao estupro.

“Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam. Sua música aumenta a misoginia. Sua música aumenta os dados de feminicídio. Sua música machuca um ser humano. Sua música gera um trauma. Sua música gera a próxima desculpa. Sua música tira mais uma. Sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua”, disse ela.

A estudante se mostrou satisfeita com a repercussão do post e pediu às mulheres para que lutem com ela. “Eu consegui o que eu queria. Se você pesquisar o nome da música e o nome do cantor no Google, vai aparecer isso: uma mulher lutando para que músicas desse tipo não passem despercebidas. Não tem mais pra que aceitar músicas que nos diminuem diariamente, passou do tempo de naturalizar esse tipo de coisa. Lutem, mulheres! Nós temos o poder da revolução! Obrigada por estarem ao meu lado, vocês não tem ideia de como isso é gratificante”, vibrou.

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