O Cine Banguê está de volta a partir desta quinta-feira (14) após uma longa ausência motivada por um problema técnico envolvendo o projetor e a burocracia para resolvê-lo. O retorno, no entanto, é em grande estilo, com a apresentação da cópia restaurada de Stromboli (1950), clássico de Roberto Rossellini que marcou a estreia da sueca Ingrid Bergman, então estrela de Hollywood, no neo-realismo italiano.
Ingrid havia se apaixonado pelos filmes anteriores de Rossellini (que havia inaugurado o neo-realismo com Roma, Cidade Aberta, em 1945) e quis filmar com o diretor. Acabaria se apaixonando também por ele, engravidando, e passando a viver com ele, deixando em Hollywood o marido dentista.
Um escândalo, gerando uma perseguição moralista que provocou um hiato em sua carreira nos EUA. Que ela retomou em 1956, com Anastácia, a Princesa Esquecida.
Em Stromboli, ela é uma lituana que se casa com um pescador que vive em um povoado aos pés do vulcão Stromboli, numa ilha. A mulher se casa para deixar um campo de concentração, já que não consegue um visto para a Argentina. Porém, a vida na ilha é dura e ela não consegue se acostumar: acaba entrando em conflito com o marido e com as pessoas da comunidade.
O neo-realismo foi um estilo nascido na necessidade: ao fim da II Guerra, a Itália estava arrasada e os cineastas não tinham dinheiro nem disposição para os filmes em estúdio feitos até então. Levaram suas câmeras para as ruas para captar histórias que estivessem mais identificadas com o povo e com a situação do país na época. Combinar isso com uma estrela do quilate de Ingrid Bergman, que já tinha feito Casablanca e ganhado Oscar, sem dúvida foi um desafio a mais para Rossellini.
Confira o trailer:
‘Minha Fama de Mau’
A cinebiografia de Erasmo Carlos tem Chay Suede no papel. Estreia em João Pessoa.
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‘A Mula’
Clint Eastwood dirige e atua neste drama sobre um nonagenário que transporta drogas. Estreia em João Pessoa.
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‘Alita — Anjo de Combate’
Adaptação do animê. Estreia em João Pessoa, Campina, Patos, Guarabira e Solânea.
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‘Baronesa’
Documentário sobre duas mulheres que moram na periferia de Belo Horizonte. Estreia sábado (16) em João Pessoa.
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*Texto de Renato Félix, do Jornal Correio