Tribunal do Júri absolve por unanimidade os policiais acusados de torturar e matar homens em Santa Rita

O Tribunal do Júri absolveu, por unanimidade, nessa quinta-feira (9), os nove policiais acusados de torturar, matar e ocultar os corpos de dois homens. O caso aconteceu em 6 de agosto de 2009, na cidade de Santa Rita.

O julgamento do processo que se estendeu por mais de 12 anos durou aproximadamente 13 horas. Conforme apurou a TV Correio, além dos advogados de defesa, o Ministério Público também entendeu que não haviam provas para condenação e apelou para que os jurados votassem pela absolvição dos réus.

“Finalmente foi feita justiça. Os jurados entenderam não apenas por absolver os acusados, mas principalmente dizendo taxativamente que os crimes não aconteceram. Disseram que não há materialidade, que não existiram os crimes. Ou seja, corroboraram com o que a defesa já dizia. Tratava-se de uma armação, uma farsa que foi montada por facínoras que representavam terror na cidade de Santa Rita. A defesa fica muito feliz que foi feita a justiça. Agora, esses policiais prosseguirão na defesa da sociedade”, disse o advogado Aécio Farias, em vídeo enviado à TV Correio.

Os réus eram acusados de interceptar um ônibus e pedir que todos os ocupantes descessem para ser revistados. Após a vistoria, que, segundo as investigações teria sido apenas uma ‘cortina de fumaça’, todos teriam sido liberados, exceto Givaldo José Bezerra e Alex de Oliveira Freitas. As investigações apontavam também que os dois homens haviam sido torturados e mortos em um matagal e que, após o crime, os policiais, teriam ocultado os corpos.

Desde o início do processo, a defesa negava a participação dos policiais em qualquer situação criminosa e apontava que, na época, o juiz da Vara Militar, hoje desembargador Ricardo Vital, determinou o arquivamento do processo por ausência de provas.