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Tárcio defende o fim dos ‘codificados’ na administração pública do estado

O pré-candidato ao Governo do Estado pelo Psol, Tárcio Teixeira, foi o sabatinado nesta quinta-feira (19) na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional da Paraíba (OAB-PB), que está realizando debates desde segunda-feira com os postulantes ao cargo de governador da Paraíba.

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Para Tárcio o uso de apadrinhados políticos e dos chamados ‘codificados’ na administração pública só pode ser extinto com concurso. Ele defende que essa é a forma de aprimorar o trabalho no serviço público. Além disso, o pré-candidato acredita que é esse o recurso também para permitir estabilidade aos funcionários estaduais e ainda garantir mais atenção à população. Para isso, Tárcio afirmou que pretende abrir vagas em todos os setores do governo, caso seja eleito.

Extinção de comarcas. O assunto debatido durante toda a semana também foi destaque nesta quinta. E assim como os demais pré-candidatos que já estiveram na OAB, Tárcio se mostrou contrário a essa medida. Ele argumentou que ao fechar essas comarcas também estão sendo fechadas as portas da justiça para a população, que não terá acesso ao judiciário. Segundo Tárcio, algo que já vem acontecendo porque muitos não conseguem ter acesso a Defensoria Pública.

Saúde. O problema desse setor, segundo Tárcio, é a centralização do serviço. E buscar a descentralização será uma meta de governo do pré-candidato, conforme afirmou na sabatina. “Temos lotação porque existe centralização. A população morre dentro das ambulâncias porque não tem acesso à saúde do Litoral ao Sertão. Vítimas de câncer têm que ter tratamentos longos e desgastantes, porque não existe tratamento em sua região”, respondeu.

Tárcio acrescentou, ainda, que “o hospital de Uiraúna foi abandonado. O hospital de oncologia roda como promessa, mas não é inaugurado. Precisamos ter clareza disso. Isso são promessas que existiam e não foram realizadas, porque os que fazem a saúde pública necessitam de descentralização. O acesso a medicamentos, agendamento de consultas e cirurgias vai de um posto central dificultando ainda mais o acesso”.

Infraestrutura. Segundo Tárcio, nem só de obras faraônicas vive o povo paraibano. Ele defende que é urgente pensar também em coisas mais próximas das pessoas, obras consideradas pequenas, mas que fazem uma enorme diferença na vida dos cidadãos. Voltar a atenção para a agricultura familiar é um exemplo citado pelo pré-candidato. “Obras precisam ser pensadas junto com emprego e renda. Pensar infraestrutra tem que ser algo perto  das pessoas, que possamos acompanhar e envolver os trabalhadores”.

A questão hídrica, para ele, só tem servido de apropriação política, mas é necessário ser pensada com responsabilidade e não apenas para o agronegócio, mas para a agricultura familiar também. Tárcio ainda citou a Cagepa que, conforme ele, está sucateada.

Aposentadoria. Tárcio também foi questionado sobre o tema e afirmou que a previdência estadual está esquecida. Ele disse que, muitas vezes, a responsabilidade pelo problema é repassada para a falta de recursos, mas que esse deve ser um compromisso de um governador e o pré-candidato garante que será o seu, em caso de vitória.

Comunicação. Tárcio defendeu a necessidade de democratizar espaços de mídia envolvendo o povo no monitoramento do conteúdo. “Democratização da mídia é fundamental. Não dá para os gastos com a mídia serem maiores do que os gastos com a agricultura familiar, com a cultura. Não queremos gerir esse sistema no nosso diretório, queremos dirigir com os conselhos populares, quem trabalha com mídia alternativa, movimentos LGBT, movimentos de mulheres, que não sirva para interesses de gabinete”, afirmou.

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