A taxa de desocupação (desemprego) na Paraíba foi de 14,3% no primeiro trimestre deste ano, com cerca de 240 mil pessoas desocupadas. Essa taxa foi a sexta maior do país e a quarta maior do Nordeste, tendo ficado acima da média nacional (11,1%) e abaixo da média nordestina (14,9%).
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C).
Essa estimativa da taxa de desocupação para o primeiro trimestre do ano, de 14,3%, não apresenta variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre de 2021 (16,2%) e, também, em relação ao quarto trimestre de 2021 (13,0%).
O número de pessoas desocupadas, ou seja, que estavam sem trabalhar e tomaram alguma providência para conseguir uma ocupação ou trabalho, teve um acréscimo de 32 mil pessoas entre o último trimestre de 2021(208 mil) e o primeiro trimestre deste ano (240 mil), na Paraíba, representando uma variação de 15,4%.
“Todavia, não representou variação estatisticamente significativa em relação ao primeiro trimestre de 2021, que teve estimativa de 260 mil desocupados (diferença de cerca -21 mil, ou -7,9%)”, disse o IBGE.
A população paraibana que estava ocupada no primeiro trimestre de 2022, estimada em 1.435 mil pessoas, teve aumento de 85 mil pessoas (6,3%) em relação ao mesmo período do ano anterior (1.350 mil). Entretanto, não houve variação estatisticamente significativa na passagem do quarto trimestre de 2021 (1.391 mil) para o primeiro trimestre de 2022, apesar do acréscimo de 44 mil ocupados (3,2%).
Nos primeiros três meses de 2022, o nível de ocupação no estado foi estimado em 44,7%, não apresentando variação estatisticamente significativa em comparação com o mesmo período de 2021 (42,9%), nem também em relação ao trimestre anterior (43,5%).
Segundo o IBGE, esse indicador é calculado com base no número de pessoas ocupadas em relação ao total daquelas que estão em idade de trabalhar, ou seja, têm 14 anos ou mais de idade.
Na Paraíba, a taxa de informalidade estimada para o primeiro trimestre de 2022, ficou em 53,1% da população ocupada, sendo a oitava maior do país e superior à média observada para o Brasil (40,1%), mas similar à verificada para o Nordeste (53,6%).
Entre as Unidades da Federação, as maiores taxas ficaram com Pará (62,9%), Maranhão (59,7%) e Amazonas (58,1%) e as menores, com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%).
Para o cálculo de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.
No primeiro trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 23,2%, no Brasil, tendo Piauí (43,9%) a maior taxa, seguido por Sergipe e Alagoas, ambos com 38,6%, Bahia (37,6%), Maranhão (37,0%) e Paraíba (33,2%). O indicador mostra o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em relação à força de trabalho ampliada.
A taxa paraibana, de 33,2%, ficou acima da média do país em 10 p.p., mas abaixo da taxa regional (35,7%). Esse resultado ficou 6,8 p.p. abaixo do resultado estimado para o primeiro trimestre de 2021 (40,0%), assim como 2,8 p.p. abaixo do resultado estimado para o trimestre imediatamente anterior (36,0%).
O percentual paraibano refletia o fato de 637 mil pessoas estarem nessas condições, no primeiro trimestre de 2022, número que indica umaredução de 135 mil pessoas (-17,5%) frente ao que havia sido estimado para o 1º trimestre de 2021 (772 mil), assim como também na comparação com o 4º trimestre de 2021, cujo contingente estimado alcançou 687 mil pessoas (redução 50 mil, ou -7,2%).
Ataxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2022 foi de 11,1%, ficando estável em relação ao quarto trimestre de 2021 (11,1%) e caindo 3,8 pontos percentuais (p.p.) frente ao mesmo trimestre de 2021 (14,9%). Frente o trimestre anterior, a taxa de desocupação ficou estável em 26 Unidades da Federação.
A única queda foi no Amapá (-3,3 p. p.). As maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%) e as menores, de Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).