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Técnica que usa laser e led melhora tratamento dentário de pacientes com câncer

O tratamento do câncer é uma situação que pode abalar o indivíduo tanto física como psicologicamente. Os pacientes ficam bastante vulneráveis durante o enfrentamento de métodos como quimioterapia e radioterapia, que atingem tanto as células normais do corpo quanto as cancerígenas. Por causa disso, eles ficam predispostos a desenvolver problemas como sensibilidade excessiva, lesões na cavidade oral e atrofia da mucosa, que podem impedir a alimentação e a fala, também sendo um quadro dificultoso diante de intervenções odontológicas. Para melhorar essa realidade, uma técnica de fototerapia que utiliza iluminação de laser ou led vem obtendo bons resultados e já é aplicada na Paraíba.

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Segundo a odontóloga Ana Karine Trindade, doutora em estomatologia (ramo que estuda e trata das doenças da boca e dos dentes), especialista em acupuntura (tratamento com agulhas) e professora adjunta do Departamento de Morfologia da Universidade Federal da Paraíba, não é raro que dentistas clínicos sintam muitas dificuldades no atendimento a pacientes oncológicos devido aos efeitos colaterais decorrentes dos tratamentos. Ela explica que a quebra da integridade da mucosa favorece infecções oportunistas, fúngicas, bacterianas e virais, que podem vir a ser fatais se o paciente estiver com as atividades ou eficiência do sistema imunológico reduzidas.

“Nesse contexto, o laser de baixa potência ou o led atuam como um elemento analgésico, anti-inflamatório e cicatrizante para as lesões, sobretudo na mucosite oral, permitindo a recuperação do paciente com uma terapêutica sem efeitos colaterais e diminuição do uso de medicamentos, que nesse público-alvo é intensa”, afirma Ana Karine, ressaltando que não há contraindicações para a técnica.

“Na radioterapia, observamos com maior intensidade a xerostomia (secura excessiva da boca), o que dificulta a deglutição e fonação, além da fibrose muscular, que compromete a abertura da cavidade oral e causa lesões na pele conhecidas por radiodermatites, que podem ter um curso muito severo nas pessoas imunossuprimidas. Por isso, a técnica é fundamental, pois além de não ser invasiva, é atraumática e cicatrizante”, conta a especialista, que aplica o recurso e presta consultoria sobre o uso dele.

“Hoje eu só trabalho com o led vermelho, que tem resultados espetaculares. Na aplicação, dependendo do grau da lesão, o paciente já consegue beber água após a primeira sessão de fototerapia”, revela Ana Karine.

A odontóloga já aplicou a técnica de forma voluntária no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, unidade que é referência no tratamento do câncer na Paraíba. Ela explica que um equipamento que utiliza o método a laser foi doado à instituição e todas as quinta-feiras são realizados atendimentos gratuitos no local. O serviço pode ainda ser expandido no estado, conforme destaca Ana Karine, que aguarda uma resposta positiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para um projeto que ela pretende desenvolver.

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