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Temer e a Lava Jato

O presidente Michel Temer convocou a imprensa e anunciou que não quer e não vai blindar ninguém da Lava Jato. Foi além: revelou o critério que estabeleceu para os integrantes de sua equipe: a simples menção não incrimina, mas quem for denunciado, será afastado provisoriamente. Se virar réu, perderá o cargo.

Alguns acham que o presidente deu mais poder à Procuradoria-Geral da República, que com uma denúncia conseguirá afastar um ministro. Outros avaliam que, também por isso, perdeu poder. Mas a maioria sabe que a intenção foi interromper a sangria na imagem do governo, que poderia levar a danos maiores e até mesmo comprometer o seu mandato.

Vejamos: pesquisas com empresários passaram a mostrar significativa mudança nas expectativas para 2017. A Amcham apontou que 95% das empresas brasileiras acreditam em melhora nos resultados comerciais neste ano. A previsão de inflação está abaixo da meta e a perspectiva para 2018 é de crescimento de até 4% no PIB.

Na política, o bloco governista obteve vitórias maiúsculas no Congresso, elegendo os presidentes Eunício Oliveira (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara), garantindo ambiente favorável para as reformas da previdência e trabalhista, e com isso reforçando a possibilidade de retomada dos investimentos.

Mas, Michel Temer comprometeu tudo isso ao promover Moreira Franco a ministro, concedendo-lhe foro privilegiado, e fez isso logo após a homologação da delação da Odebrecht, na qual é citado. Uma repetição do que fez a ex-presidente Dilma com o ex-presidente Lula.

A avalanche negativa ganhou força com a indicação de Alexandre de Morais para o STF, mudanças de delegados da Lava Jato e sinais de retomada do projeto sobre abuso de poder, no Senado. Estavam dando um golpe na investigação que é uma unanimidade nacional?

Os agentes econômicos reagiram, temendo interferência na ainda frágil recuperação. Os movimentos sociais se reuniram e marcaram mobilização nacional para 26 de março, com três itens na pauta: apoio a Lava Jato, fim do foro privilegiado e, como efeito Espírito Santo, revogação do estatuto do desarmamento.

Temer agiu. Abriu mão de algum poder e fortaleceu a PGR, mas evitou virar alvo das ruas, com resultado imprevisível.

TORPEDO

Em 2010, quando era candidato a governador, Ricardo Coutinho prometeu em seis meses reduzir os índices de violência. No entanto, a Paraíba se transformou no paraíso da bandidagem… e João Pessoa apontada como uma das cidades mais violenta do mundo.

Do vice-prefeito Manoel Júnior, em nota divulgada por sua assessoria na qual rebate acusação de que estaria estimulando greve da Polícia Militar.

Memória…

Entrevista do então deputado Ricardo Coutinho, sobre mobilização da PM para greve no governo de Cássio, está nas redes sociais como resposta do movimento que reclama diálogo e 45,62% de perdas salariais.

… estratégica

A fala de RC: “O Governo precisa entender que o Governo é apenas Governo, ele não é dono, ele não é proprietário absolutamente de nada e ele tem que estabelecer com os setores da sociedade o necessário diálogo”.

Garantia

Nonato Bandeira, chefe de Gabinete do Governador, garantiu no Correio Debate que há disposição para o diálogo, e disse não acreditar que a polícia militar da Paraíba se esconderá atrás de mulheres para não trabalhar.

Definições

Veneziano Vital enviou ofício ao presidente do PMDB, José Maranhão, cobrando reunião da Executiva Estadual para discutir “temas atinentes à nossa legenda”, ou seja, as opções de aliança no presente e no futuro.

ZIGUE-ZAGUE

+ Ricardo Coutinho vai lançar, hoje, o Pacto pelo Desenvolvimento Social 2017, pelo qual disponibilizará R$ 90 milhões para parcerias com prefeituras.

+ A reunião da bancada do PMDB para escolha do líder na Assembleia foi adiada, mas Raniery Paulino é forte candidato ao cargo, pelo perfil conciliador.

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