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Total de desocupados na Paraíba cresce 21,2% em quatro meses

O número de desocupados na Paraíba cresceu 21,2% de maio a agosto deste ano, segundo dados da PNAD COVID19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quarta-feira (23). Em quatro meses, o total de pessoas no estado que não estavam trabalhando, mas procuraram emprego, teve um acréscimo de 30 mil e passou de 141 mil para 171 mil.

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Essa é uma tendência indicada pela taxa de desocupação no estado que, embora esteja abaixo das médias do Brasil (13,6%) e do Nordeste (15,7%), tem apresentado alta ao longo dos meses pesquisados, passando de 9,8%, em maio, para 11,9%, em agosto.

Por sua vez, o nível de ocupação, que resulta da proporção entre o número de ocupados e a população em idade de trabalhar, ou seja, com 14 anos de idade ou mais, caiu em comparação ao primeiro mês do levantamento, passando de 40,2% para 39,1%, apesar do leve aumento diante do índice verificado em julho (38,7%). O indicador chama a atenção também por ter sido menor do que o verificado na média brasileira (48,2%) e na nordestina (39,7%).

Além disso, o total de pessoas que não estavam ocupadas e gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por conta da pandemia ou por falta de oportunidade na localidade, foi de 469 mil, o menor já registrado nos quatro meses da pesquisa, que constatou o maior valor para esse indicador no mês de junho, com 504 mil pessoas nessa situação.

Trabalho remoto e afastamento

Em agosto, a PNAD COVID19 também verificou queda no total de pessoas que atuavam de forma remota, que caiu de 150 mil, em maio, para 122 mil, no último mês. Entre os ocupados que não estavam afastados do trabalho, esse número representa 10,6%, proporção inferior à média brasileira (11,1%), mas maior do que a da região (8,5%).

Já o total de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social teve queda de 76,5% de maio para agosto, passando de 329 mil pessoas, no primeiro mês, para 77 mil, no último. No total da população ocupada, o grupo de pessoas nessa condição, que representava 25,4%, em maio, teve participação de 6,1%, em agosto.

Auxílio relacionado à pandemia

Cerca de 56% dos domicílios paraibanos receberam algum tipo de auxílio relacionado à pandemia, em agosto, percentual acima da média do país (43,9%), conforme a PNAD COVID19. O levantamento considera auxílios como o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados; e a complementação do Governo Federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Essa proporção aponta que, em 708 mil residências, alguém recebeu algum auxílio, na Paraíba, no último mês. Em outras 18 mil, que representam 1,5% do total de domicílios no estado, alguém recebeu seguro-desemprego.

O rendimento real domiciliar per capita médio efetivamente recebido nos lares, no estado, foi de R$ 957, em agosto. No entanto, nos domicílios em que alguém recebeu auxílio, esse valor foi de R$ 660, ao passo que, naqueles em que ninguém recebeu auxílio, a quantia estava acima das duas médias e foi de R$ 1.458.

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