O início deste ano tem sido movimentado para os escritórios de advocacia. O motivo é a possibilidade da correção dos valores depositados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) desde 1999. Segundo especialistas em direito trabalhista, a defasagem pode chegar a 88,3%. O problema acontece porque os depósitos atualmente são corrigidos de acordo com a Taxa Referencial (TR), mais taxa de juros de 3% ao ano. A correção está abaixo da inflação, que, em 14 anos, foi 92% maior do que o rendimento do dinheiro nas contas. Todos os trabalhadores com carteira assinada nos últimos 14 anos podem pleitear o reajuste, inclusive aqueles que já sacaram o benefício em algum período depois de 1999.
A Justiça Federal na Paraíba indicou que, por questões operacionais, não é possível informar quantos trabalhadores e sindicatos entraram com ações para tentar mudar o sistema de correção do FGTS. No entanto, o movimento intenso nos escritórios de advocacia de João Pessoa mostra que grande parte dos trabalhadores está motivada a correr atrás dos seus direitos. A advogada Flávia Portela afirma que, nos últimos dez dias, mais de 100 clientes procuraram o escritório para buscar a correção do FGTS de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“O assunto está sendo bastante divulgado na mídia e isso tem provocado o aumento da demanda. A maioria deles, inclusive, está bem orientada e já vem ao escritório com o extrato analítico do FGTS em mãos e toda a documentação necessária para dar entrada na ação”, destacou Flávia Portela.
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