As discussões sobre a mudança da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para uma nova sede estão a pleno vapor, mas as opiniões em relação ao tema se dividem. Alguns acreditam que o prédio do antigo Paraiban, situado na Avenida Epitácio Pessoa, deve melhorar as condições de trabalho para os funcionários, por ter mais espaço. Outros afirmam que a transferência vai gerar problemas. Além do custo financeiro, um deles seria o caos no trânsito que, na via, já é complicado. Enquanto não se chega a uma definição, o especialista em mobilidade urbana, Carlos Batinga, garante que a ida para uma das vias mais movimentadas da cidade traria, de fato, sérios impactos ao trânsito e agravaria os congestionamentos habituais. No início do mês, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, também formalizou posição contrária à mudança.
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Batinga, que é superintendente de Mobilidade Urbana da Capital e tem mais de 40 anos de experiência na área, fez questão de destacar que as observações tratam-se de sua opinião como especialista no assunto e não têm relação com a função que ocupa na Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob). Ele afirmou que o órgão sequer foi contactado para emitir parecer a respeito da possível nova sede da AL e seus impactos em termos da mobilidade urbana na área, e acrescentou que vê com preocupação a possibilidade da mudança. “Não houve consulta prévia à Semob. Todo empreendimento institucional ou comercial tem que ter parecer prévio, com informações sobre acessibilidade, vagas de estacionamento”, observou.
Antes de qualquer definição, o especialista acredita que a Mesa Diretora da AL deveria considerar alguns aspectos. Por exemplo: “No mundo inteiro, as cidades estão fortalecendo seus centros históricos, incentivando atividades comerciais, institucionais e serviços, bem como a valorização cultural e, por consequência, incrementando atrativos turísticos de indiscutível repercussão econômica. No caso da AL, sua sede compõe e dá sentido à Praça João Pessoa, que ganhou outra emblemática denominação de Praça dos Três Poderes”. Segundo ele, enquanto a Prefeitura restaurou ambientes do Centro Histórico, como a Praça da Independência, Praça João Pessoa (em frente à AL), Casa da Pólvora, Galeria Augusto dos Anjos, Hotel Globo e o Parque da Lagoa, a retirada da sede de seu local de origem seria como uma iniciativa na contramão da história.
Para Batinga, a AL deveria seguir o exemplo do Poder Judiciário Estadual, buscando imóveis ao redor de sua sede para redistribuição de seus setores. “Assim fazendo, desafogaria os espaços para melhor acolher seu Plenário e gabinetes dos parlamentares, contribuindo com a Capital da Paraíba nesta nova caminhada de revitalização do Centro da Cidade. Não custa lembrar que nas democracias, os parlamentos são considerados “a casa do povo”, e a facilidade de acesso às mesmas é fundamental para que bem cumpram o seu papel”, opinou.
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