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Trechos de praias da PB são ‘ruins’ ou ‘péssimos’, diz levantamento da Folha

Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) divulga relatórios semanais

Treze trechos de praias da Paraíba são considerados ruins ou péssimos por causa da poluição. A informação consta em levantamento divulgado nesta quinta-feira (20), feito pela Folha de São Paulo. Acesse aqui para ver.

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O Litoral da Paraíba é formado por 56 praias. Para orientar sobre as condições de balneabilidade, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) divulga relatórios semanais que informam sobre a qualidade da água das praias do estado.

Comparando os boletins recentes divulgados pela Sudema com o levantamento da Folha, é possível perceber que os trechos classificados como ruins ou péssimos são praticamente os mesmos nos dois relatórios.

Trechos

Na Paraíba, a Folha identificou como ruim ou péssima as praias de: Jacaré (Cabedelo); Jacarapé, Praia do Bessa, Cabo Branco, divisa Tambaú/Cabo Branco, Manaíra, Penha 1, Arraial e Seixas (João Pessoa); Acaú/Pontinha, Pitimbu, Maceío e Guarita (Pitimbu). De acordo com o levantamento, essas praias devem ser totalmente evitadas. As demais são classificadas como regulares ou boas.

Ações na Paraíba

Vários órgãos do Estado da Paraíba prometem trabalhar para reduzir a poluição provocada por esgoto nas praias. Em outubro deste ano, a Praia de Manaíra, em João Pessoa, foi a primeira a receber um projeto de limpeza, após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no Ministério Público Federal (MPF) entre a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), a Sudema e a Ordem dos Advogados do Brasil no estado (OAB-PB).

O objetivo do TAC é fazer uma “varredura completa” na rede pluvial do bairro de Manaíra para identificar derramamento irregular de esgoto nas galerias de águas pluviais; limpeza das galerias pluviais, com a remoção de lixo e outros obstáculos; desobstrução das desembocaduras da rede pluvial que lançam águas na praia.

Os imóveis de Manaíra já foram notificados e o TAC prevê prazo até 15 de abril de 2019 para que seja enviado relatório final ao MPF sobre as atividades e soluções implementadas. Os trabalhos começam por Manaíra, mas deverão se estender para outras praias por meio de ações que envolvem, inclusive, um robô.

Sudema

Em resposta à pesquisa da Folha de São Paulo, a assessoria de imprensa da Sudema afirmou que a responsabilidade do órgão refere-se à coleta, análise e informação da situação das praias paraibanas e que, com isso, não cabe à Superintendência a resolução dos problemas de poluição.

O órgão informou ainda que alguma diferença que exista entre o número de trechos de praias divulgado pela Folha de São Paulo e o relatório de balneabilidade da Sudema pode ser devido ao período do levantamento, já que o órgão divulga a situação das praias do estado semanalmente.

Pesquisa

A pesquisa da Folha seguiu normas federais para medir a qualidade da água. Para ser considerada própria, a água deve ter menos 1 mil coliformes fecais para cada 100 ml durante a análise e nas quatro semanas anteriores.

A Folha abordou 1,2 mil praias em 13 estados, incluindo a Paraíba, de novembro de 2017 a outubro de 2018, e não trouxe informações sobre Amapá, Pará, Piauí e Sergipe porque não houve medição da qualidade da água nesses locais durante o período. Segundo o levantamento, o número das classificadas como ruins ou péssimas cresceu 20% entre 2017 e 2018.

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