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TSE diz que ‘resposta responsável’ sobre fake news requer tempo

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, afirmou neste domingo (21) que todas as queixas levadas ao conhecimento da Corte sobre fake news serão tratadas dentro de processos e que isso tem que seguir prazos previstos em lei.

“A Justiça Eleitoral não combate boatos com boatos. Há um tempo para a resposta responsável. A Justiça Eleitoral combate boatos com respostas fundamentadas no âmbito das ações judiciais que lhes são propostas. E as ações judiciais exigem a observância do devido processo legal”, declarou.

WhatsApp

Uma investigação foi aberta no TSE por ordem do ministro Jorge Mussi, na sexta-feira (19), após o PT levar oficialmente ao conhecimento do tribunal o teor da reportagem da Folha de S.Paulo.

O jornal apurou que empresários pró-Bolsonaro estariam pagando por disparos de mensagens, inclusive fake news contra Fernando Haddad, por meio de grupos de WhatsApp.

O partido pedia que o TSE expedisse mandados de busca e apreensão contra as pessoas apontadas na reportagem, o que foi negado por Mussi. O magistrado alegou que a matéria jornalística não era suficiente para justificar tal medida e cobrou explicações dos empresários e também de Bolsonaro e do vice na chapa, Hamilton Mourão.

Em sua explanação, o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, apresentou um balanço com dados sobre os crimes eleitorais ocorridos neste período. Os casos foram divididos entre aqueles investigados pela Polícia Civil e os da Polícia Federal.

Foram registrados 2265 sendo a maioria por boca de urna. 469 inquéritos foram instaurados e 925 prisões foram efetuadas pela polícia civil.

Com relação aos crimes investigados pelo Polícia Federal, Jungmann destacou aqueles que tiveram maior repercussão na imprensa. E reforçou que a PF só pode apurar um crime eleitoral se houver um pedido da Justiça Eleitoral. Cabe a PF também fazer a segurança de candidatos quando solicitado.

Entre os casos apresentados pelo Ministro da Defesa, as informações falsas e com ofensas aos candidatos enviadas por empresas estão sendo investigadas e corre em segredo de justiça. As campanhas serão investigadas.

O caso de um vídeo divulgado com um homem utilizando uma arma para votar. Segundo o ministro, a pessoa já foi identificada, utilizou um simulacro e responderá na Justiça eleitoral e comum. No caso relatado de um homem que teria postado que a mulher que votar em determinado candidato e deve ser estuprada. A pessoa já foi identificada e ouvida e responderá pelos crimes de incitação ao estupro.

Uma mulher que teria feito a falsa denúncia de fraude na urna, também foi identificada e indiciada.

Com relação as três ameaças sofridas pela Ministra e presidente do TSE, Rosa Weber, Jungmann diz que elas não tem, aparentemente, conexão entre si. Duas mulheres foram identificadas, tentaram se retratar e o caso segue na Justiça. Um homem que teria enviado um e-mail com acusações graves foi identificado e está no Japão.

O presidente da OAB Brasil, Claudio Lamachia, destacou a importância para a democracia de dar credibilidade às instituições. “Esta eleição é sem dúvida nenhuma é a mais importante que estamos presenciamos. Precisamos que todos acreditem na rigidez do sistema e que as instituições funcionam. OAB defesa das instituições e da democracia.”

Rosa Weber reforçou que em 22 anos de urnas eletrônicas nunca foi registrada nenhuma fraude eleitoral.

*Por Fernando Mellis e Karla Dunder, do R7.

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