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UFPB coordenará pesquisa para tratamento de Covid-19 por meio de neuroestimulação

Testes serão realizados em pacientes voluntários internados no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires
UFPB
Foto: Arquivo/Jornal Correio da Paraíba

Os professores Suellen Andrade e Eduardo França, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus I, em João Pessoa, coordenarão projeto de pesquisa com a finalidade de avaliar tratamento por meio de neuroestimulação em pacientes graves de Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-Cov2).

Os testes serão realizados em pacientes voluntários internados no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, em parceria com o Governo do Estado da Paraíba e com pesquisadores do City College of New York e da University of Michigan, nos Estados Unidos da América (EUA), que são referência em neuroestimulação no mundo. 

Segundo Suellen Andrade, a neuroestimulação é um procedimento não-invasivo que busca estimular uma melhor comunicação da rede neuronal acometida pela Covid-19. Em pacientes graves, o comprometimento neurológico e inflamatório pode perdurar por vários meses, com sequelas como dor, fadiga, incapacidade física e até problemas cognitivos como ansiedade e depressão.

“Esperamos que a estimulação de centros corticais que regulam essas funções possa ser um adjuvante terapêutico,um recurso terapêutico em adição ao tratamento principal, com a capacidade de ampliar os benefícios do tratamento recebido no hospital, reduzindo o tempo de internação e melhorando o quadro clínico”, afirma a professora da UFPB.

Os testes do projeto de pesquisa terão início após a chegada de quatro equipamentos de neuroestimulação produzidos pela empresa norte-americana Soterix Medical, treinamento online da equipe pelos especialistas estadunidenses e avaliação do corpo técnico do estudo. Os aparelhos devem chegar ao Brasil ainda neste mês. 

Suellen conta que, inicialmente, serão utilizados dois neuroestimuladores na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dois na enfermaria do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, atualmente, há 30 leitos de UTI e 31 de enfermaria ativos na unidade.

O método do estudo será o open label, no qual todos os envolvidos têm conhecimento do tratamento administrado. Avaliações executadas por uma comissão de segurança e gestão técnica conduzirão os próximos passos do projeto. Neste primeiro momento os trabalhos devem durar seis meses. 

O protocolo de intenção entre o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, a empresa norte-americana Soterix Medical, representada pelo pesquisador Abhishek Datta, e os pesquisadores estadunidenses foi assinado no dia 3 deste mês.

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