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UFPB divulga nota criticando a??o da PM e do TRE em manifestos supostamente eleitorais

A Universidade Federal da Paraíba divulgou nesta terça-feira (21) uma nota oficial no site da instituição na qual discorda da atuação da Polícia Militar em manifestos supostamente eleitorais feitos por estudantes no dia 16 de outubro. Uma pessoa foi detida por desacato e entidades caracterizaram como “truculenta” a ação das autoridades.

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De acordo com a nota, a UFPB diz “que foi inaceitável e temerária a abordagem adotada, tendo em vista a utilização de força policial desnecessária e desproporcional – inclusive com o uso de armas letais, de efeito moral e algemas – para coibir o que foi caracterizado como suposta infringência à lei eleitoral”.

Sobre o estudante detido, a UFPB diz na nota que “foram tomadas as medidas para garantir sua proteção jurídica, por iniciativa de diversos professores, DCE e Administração Superior, e também através da Defensoria Pública da União e da presença do Núcleo de Direitos Humanos da UFPB”.

A instituição reitera no texto que repudia “os atos de violência perpetrados contra ele [o estudante detido], contra os estudantes, os professores e funcionários desta universidade”.

A UFPB finaliza afirmando que defende de forma intransigente a “autonomia universitária, no compromisso com a liberdade de expressão, no direito de livre manifestação e no necessário diálogo entre as instituições”.

O juiz da fiscalização eleitoral em João Pessoa, Ricardo da Costa Freitas, que atendeu à ocorrência, disse ao Portal Correio na noite desta terça (21) que até às 19h ainda desconhecia a nota divulgada pela UFPB.

Ele disse que a Justiça Eleitoral recebeu várias denúncias de que os atos em prol das candidaturas dos dois presidenciáveis que disputam no segundo turno estavam ocorrendo dentro da UFPB, o que não é permitido, por se tratar de uma repartição pública.

Ele falou que a Justiça Eleitoral apurou e agiu da maneira como deveria, com o suporte da Polícia Militar, e que a detenção do estudante só ocorreu porque ele desacatou um dos servidores do Tribunal Regional Eleitoral, o que provocou a exaltação de outros manifestantes, culminando na confusão envolvendo policiais.

“A Justiça Eleitoral cumpriu com o seu papel. A PM atuou como auxiliar e se nós não tivéssemos agido, seríamos taxados de omissos”, disse Ricardo da Costa Freitas.

O Portal Correio tentou contato com a assessoria de comunicação da PM para saber se a instituição já havia recebido informações sobre a nota divulgada pela UFPB, mas os telefones não foram atendidos.

Pouco depois do tumulto, a PM divulgou que houve utilização de spray de pimenta para conter os ânimos e justificou que “todas as ações da instituição são pautadas na legalidade e no irrestrito respeito aos direitos humanos, coibindo qualquer atitude que por ventura atente contra esses valores”.

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