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‘Uma das mentes por trás do Sirius’, diz BBC sobre professor da UFCG

Um professor colaborador da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é uma das “mentes por trás do maior acelerador de partículas do Brasil”. É o que revela a BBC News Brasil em matéria divulgada nessa terça (13) sobre a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, o Sirius, laboratório de luz síncrotron, que terá sua primeira etapa inaugurada nesta quarta-feira (14), em Campinas, São Paulo.

Na matéria, o cientista paraibano revela que uma das possíveis aplicações das pesquisas é o desenvolvimento de trens de alta velocidade. Outra possibilidade seria desenvolver baterias e dispositivos eletrônicos com baixíssimo consumo de energia. “Você pode pensar que, daqui 50 anos, por exemplo, você teria um celular cuja bateria carregada apenas uma vez durasse dez anos”, afirma o professor Narcizo Marques de Souza Neto.

O professor

Um dos principais pesquisadores do projeto Sirius, Narcizo Marques de Souza Neto nasceu em Malta, no Sertão da Paraíba. Graduou-se em Física em 2001 na UFCG, campus Campina Grande (então campus II da UFPB), tendo feito mestrado pela Unicamp em 2003, doutorado pela USP, em 2007, e Pós-doutorado no Argonne National Laboratory, nos EUA, em 2010.

Em 2015, foi o primeiro pesquisador da América Latina a ganhar o Dale Sayers Award da Sociedade Internacional de Absorção de Raios X, considerado um dos mais importantes prêmios na área de espectroscopia por absorção de raios-x.

“Meu sonho era ser professor na Universidade Federal de Campina Grande. Hoje, mesmo distante, eu consigo colaborar com o pessoal de lá. Neste ano, um mestre se formou com a minha orientação, por exemplo”, conta ele à BBC News Brasil.

Projeto Sirius

Construído pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o Sirius foi projetado para ter o maior brilho do mundo entre as fontes com sua faixa de energia.

De maneira simplificada, o Sirius é um ultra-aparelho de radiografia que será capaz de analisar em três dimensões, e em movimento, de forma detalhada a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópias, como nanopartículas, átomos, moléculas e vírus.

Quando estiver em atividade, estima-se que uma pesquisa que atualmente é feita em 10 horas nos equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluída em 10 segundos.

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