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Universidade em Portugal suspende curso sobre racismo após escalar apenas professores brancos

Uma publicação no Instagram do Afrolink, um site português de ação afirmativa, provocou a suspensão de um programa de pós-graduação

Uma publicação no Instagram do Afrolink, um site português de ação afirmativa, provocou a suspensão de um programa de pós-graduação numa universidade lisboeta e repercutiu Europa afora. O conteúdo criticava o curso “Pós-Graduação em Racismo e Xenofobia”, oferecido pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa em parceria com o Observatório do Racismo e Xenofobia, uma entidade governamental. A postagem era ilustrada com os retratos dos professores do programa -todos brancos.

“As reações foram compreensivelmente indignadas, e a universidade e o observatório retiraram a página do curso no mesmo dia”, diz Paula Cardoso, fundadora do Afrolink.

Nascida em Moçambique e com cidadania portuguesa, ela diz ter examinado detalhadamente o programa do curso e constatado o que chama de absurdos, além da falta de diversidade no corpo docente. “Um dos módulos tinha o título: ‘Mas o racismo existe mesmo?’. Ora, para quem sofre isso na pele todos os dias a pergunta é no mínimo insultuosa.”

Procurados pela Folha, o Observatório do Racismo e Xenofobia e a Universidade Nova não responderam até a publicação desta reportagem.

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