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Usina Cultural Energisa inaugura Galeria Alexandre Filho, em João Pessoa

A Energisa Paraíba inaugurou na noite dessa quinta-feira (31) uma nova galeria de arte na Usina Cultural, no bairro Tambiá, em João Pessoa. O vernissage contou com a presença do artista paraibano Alexandre Filho, natural de Bananeiras, escolhido para ser homenageado nomeando o novo espaço. Com 84 anos, ele é um artista autodidata, com obras expostas nos principais museus internacionais do gênero artístico naif, e está entre os mais importantes nomes do Brasil.

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Para inaugurar a galeria Alexandre Filho, o artista homenageado montou a exposição “Pinturas e Gravuras” que fica aberta à visitação até 30 de setembro. A mostra apresenta 17 obras, sendo 16 pinturas sobre tela e uma gravura em serigrafia, produzidas a partir de 1981. A exposição é inédita e rara, pois reúne obras que nunca foram mostradas juntas por se tratar de acervo particular. Os colecionadores Zenóbio Toscano, Gilberto Guedes e Rosângela Figueiredo cederam peças para a mostra.

Na opinião do escritor e artista plástico paraibano Flávio Tavares, o nome da galeria cria nela uma aura diferente das outras, pois dá ao espaço um ar da terra. Segundo o presidente da Energisa, André Theobald, a ideia é aproximar cada vez mais a empresa do interior paraibano, ofertando cultura que envolva todo o estado. “Queríamos alguém que tivesse o respeito da classe artística e uma carreira consolidada. A decisão foi unânime pela magnitude do trabalho dele. O Alexandre aceitou o convite na hora e nós ficamos muito felizes”, disse André.

De acordo com o curador da Usina Cultural da Energisa, Dyógenes Chaves, o propósito da Usina é, cada vez mais, dar visibilidade a produção de artistas locais. “Tínhamos espaço para expandir e resolvemos criar mais uma galeria para que outros artistas tenham oportunidade de mostrar adequadamente seus trabalhos. Alexandre Filho é um artista primitivo, ingênuo, sem formação acadêmica, ou seja, um naif. Uma marca forte dele é a obra espacial, que retrata coisas simples e ligadas ao imaginário popular”, explica.

Para Alexandre, a homenagem é um grande reconhecimento. Ele lembra como tudo começou em 1966, quando morava no Rio de Janeiro: “Eu era vizinho de Luiz Canabrava, artista plástico mineiro, e contei para ele que desde criança gostava de desenhar. Mostrei uns desenhos e ele me perguntou se conseguiria reproduzi-los em telas. Daí o Luiz me deu todo material que precisava, e o que antes fazia apenas em cartolina e papel, virou obra de arte. Ele gostou, inscreveu meu trabalho no Salão Nacional de Arte Moderna e de cara tive três telas aprovadas. Na época, a imprensa carioca me deu muita visibilidade e foi assim que comecei minha carreira”, conta.

Com 51 anos de atuação, Alexandre voltou a morar na Paraíba em 1982 e produz obras até hoje. Foi como artista plástico que se realizou, tendo conquistado independência, conhecido pessoas importantes e viajado bastante para fazer exposições no exterior.

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