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Vacinas: especialista explica a importância da pesquisa científica

Dra. Larissa Negromonte, professora da Medicina Unipê, fala como vacinas são desenvolvidas

O mundo inteiro assistiu a corrida contra a Covid-19 em diversas áreas, desde o tratamento da doença em UTIs até os laboratórios farmacêuticos que produziram vacinas contra o vírus. Nesse cenário, a pesquisa científica foi central ao conduzir a humanidade para uma saída mais rápida e segura da crise sanitária. E, atualmente, tem mostrado sua relevância para todas as sociedades.

Para a humanidade a ciência é fundamental, por exemplo, para o desenvolvimento de medicamentos para curar doenças e das vacinas para evitar doenças transmissíveis. Essas são conquistas do empenho de pesquisadores, como os antirretrovirais para tratar o HIV e a vacina para prevenção da hepatite B, entre outras doenças infecciosas causadas por vírus e bactérias que podem causar morte ou sequelas graves em pessoas não vacinadas.

Segundo a médica infectologista Profa. Ma. Larissa Negromonte, da Medicina Unipê, todos os medicamentos para tratamentos de doenças passam por um extenso processo de pesquisa que envolve protocolos bem planejados. “Por isso é tão importante o investimento dos países em pesquisas científicas, porque a partir delas é que temos respostas para os problemas que afetam a saúde das pessoas”, argumenta a docente.

Desenvolvimento de vacinas

As vacinas são criadas a partir dos vírus ou bactérias que provocam uma doença específica ao infectar uma pessoa não imunizada. O conteúdo delas pode ter partículas da estrutura de um desses microrganismos, ou conter esses agentes vivos atenuados (enfraquecidos no seu potencial de adoecer um humano). Assim, a imunidade da pessoa vacinada é estimulada a produzir anticorpos, que a protegerão caso ela seja infectada por aquele vírus ou bactéria específicos em algum momento de sua vida.

A varíola é um exemplo: a doença causou cerca de 300 milhões de mortes no mundo só no século XX e conseguiu ser erradicada com vacinação das pessoas. “As vacinas são capazes de proteger o indivíduo sem causar o adoecimento que o próprio patógeno (bactéria ou vírus) causaria à pessoa não vacinada”, assegura Dra. Larissa.

Para o desenvolvimento das vacinas são realizados protocolos de pesquisa, que são submetidos a um comitê de ética, e que seguem as fases de: estudo laboratorial, para definir a composição da vacina; pré-clínica, quando a vacina é estudada em animais; e depois a fase clínica, dividida em três etapas com o objetivo de estudar a segurança da vacina e sua efetividade. “Em seguida esses estudos e seus resultados são enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fins de autorização de registro e distribuição da vacina no país”, diz.

Hoje, países ao redor do mundo têm imunizado suas populações contra a Covid-19 com as diferentes vacinas já produzidas, que são seguras e efetivas na proteção. No Brasil, foram as aprovadas pela Anvisa a Coronavac (Sinovac/Butantã) e a Covishield (AstraZeneca/Oxford/Fiocruz) – a atividade dos pesquisadores em produzi-las foi essencial diante da gravidade da pandemia, frisa Dra. Larissa.

A especialista aconselha que as pessoas tirem dúvidas sobre a vacinação com os profissionais de saúde e se informem sobre qualquer vacina em sites confiáveis, como o da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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