Após o início das inscrições para o concurso da Polícia Federal, o Portal Correio entrevistou um especialista que dá dicas para um melhor aproveitamento nas provas e também fala sobre os assuntos mais recorrentes nos exames.
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De acordo com Victor Maia, CEO da EduQC, o candidato já deve estar previamente preparado para o concurso, para dar foco apenas nas novidades constadas nos editais.
“Idealmente, o candidato já deve, a essa altura (após a publicação do edital) ter uma base forte e um material próprio de revisão. Assim, poderia focar nas novidades (estatística, novos assuntos de informática e contabilidade) com relativa tranquilidade”, disse.
Já para quem não se preparou previamente, o especialista explica que não precisa se desesperar, pois é comum que muitas pessoas não estejam preparadas para os exames. “A boa notícia (para quem não se antecipou) é que poucos candidatos se preparam da forma adequada com antecedência, então ainda há muito em jogo”, afirmou.
Preparação
Victor Mais explica que muitos candidatos criam planos de estudos que só funcionam no papel (que aceita qualquer coisa), e que a preparação ideal precisa ser persistente e exequível. Para ele, são três as condições para que isso aconteça.
“Você precisa saber onde está e para aonde vai; saber se está no caminho certo a todo o momento; ter metas de estudo adaptadas ao seu conhecimento e a sua disponibilidade”, alertou.
Assuntos mais abordados
Sobre a preocupação com os assuntos mais abordados nas provas de concurso, o especialista recomendou prestar atenção em todo o edital, dando foco justamente aos assuntos menos recorrentes.
“A nossa recomendação é cobrir todo o edital. São justamente as questões dos assuntos menos recorrentes que separam o bom candidato do excelente, que será aprovado”, disse Victor Maia.
Porém, mesmo com a recomendação, ele listou alguns dos assuntos que foram mais recorrentes, considerando as últimas duas provas: Redação de Correspondência Oficial (Português); Sistemas Operacionais (Informática); Lógica Proposicional (Raciocínio Lógico); Provas (Direito Processual Penal); Direitos Individuais e Coletivos (Direito Constitucional); Patrimônio (Contabilidade); Balanço Patrimonial (Contabilidade).
Estratégias
Sobre algum tipo de estratégia para responder as questões de múltipla escolha quando não se sabe a resposta correta, explica em vídeo porque não se deve deixar nenhuma questão em branco, nem usar nenhum estratégia diferente de simplesmente responder a resposta que pensa ser a correta.
Sobre as famosas ‘pegadinhas’, o especialista aponta como outro mito, e explica que o candidato pode entender que uma questão acima de sua proficiência seja uma pegadinha.
“Esse é outro mito, de que as bancas criam “pegadinhas”. As bancas fazem um esforço consciente para evitar o que se entende por “pegadinha”. A função de prova é discriminar os melhores alunos, portanto, por construção, as questões possuem dificuldades variáveis”, informou.
Concursos no Brasil
O especialista falou também sobre o atual cenário dos concursos públicos no Brasil e as incertezas que batem na porta dos candidatos que tanto estudam para as provas.
“Certamente não haverá mais tantos concursos como no período entre 2003 e 2012, pois a situação fiscal do país não permite. Por outro lado, diversas carreiras de estado (Banco Central, Receita Federal, etc) possuem um quadro muito envelhecido. Com a iminência de reformas na previdência, há um movimento de busca pela aposentadoria. Assim, nos próximos anos a perspectiva é que haja muitos certames grandes, como este da Polícia Federal e o da Advocacia Geral da União”, finalizou.