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Vice-l?der do governo na C?mara pedir? afastamento tempor?rio de Cunha

O vice-líder do governo na Câmara, Sílvio Costa (PSC-PE), disse nesta sexta-feira (17) que pedirá o afastamento temporário de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente da Câmara. Segundo ele, Cunha não tem condições morais de continuar no comando da Casa.

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Costa explicou que, no caso, vai atuar como parlamentar e não como vice-líder do governo. O afastamento será enquanto durarem as investigações da Operação Lava Jato, em que Cunha teve o nome envolvido. “Do ponto de vista legal, Cunha tem a seu favor a presunção da inocência, mas do moral, perdeu as condições de ocupar a presidência.”

O peemedebista teria recebido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo Setal, segundo denúncia feita pelo empresário Júlio Camargo em depoimento nessa quinta-feira (16) ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

Em uma avaliação preliminar à Agência Brasil sobre as declarações de Cunha, o líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que a opinião do presidente da Câmara não pode ser confundida com a do PMDB. “Pelo o que eu senti é uma decisão pessoal que a gente precisa respeitar.Uma coisa é ele ter tomado uma decisão pessoal outra coisa é um posicionamento do PMDB, que é algo muito maior. O PMDB tem muitos líderes tanto na Câmara como no Senado e tem o vice-presidente da República [ Michel Temer], que é o grande líder do PMDB, além de ser o presidente do partido também”, disse.

Posição dos partidos

Em nota, a presidência do PMDB informou que a manifestação de Cunha é “a expressão de uma posição pessoal” respeitada pelo partido e informou que qualquer decisão partidária só pode ser tomada “após consulta às instâncias decisórias do partido: Comissão Executiva Nacional, Conselho Político e Diretório Nacional”.

A bancada do PSOL também divulgou nota em que defende o afastamento de Cunha. Para o partido, as denúncias contra Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não configuram “ataque ao Congresso Nacional”. “Cada parlamentar e seu partido têm que responder pelas acusações que eventualmente sofram. Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados. A confusão deliberada que Cunha produz, à guisa de defesa, evidencia sua incompatibilidade entre a função de presidente da Casa, que exige equilíbrio e postura de magistrado, e a condição de investigado na Operação Lava Jato”.

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