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‘Vingadores – Ultimato’ ocupa 82% das salas paraibanas

Em 2008, Homem de Ferro foi lançado como mais um entre uma nova onda que estava surgindo naquela década. Os X-Men já haviam rendido três filmes na Fox, o Quarteto Fantástico dois também na Fox, e o Homem-Aranha outros três, na Sony. Mas, depois do final do filme, depois dos créditos, aparecia Samuel L. Jackson como Nick Fury com uma palavrinha mágica: Vingadores.

Diferentes dos filmes de super-heróis anteriores, aquele apontava para um futuro em que diversos heróis estrelariam seus próprios filmes e se encontrariam, num universo compartilhado — uma experiência inédita no cinema até então. Hoje estreia Vingadores — Ultimato (2019), o quarto filme com o nome do supergrupo e o 22º contando todo o Marvel Cinematic Universe.

Continuação direta de Vingadores — Guerra Infinita (2018), pega os heróis após a derrota para o vilão intergalático Thanos no filme anterior, que eliminou metade da população do universo com um estalar de dedos, após conseguir todas as joias do infinito. Ainda chorando mortos como o Homem-Aranha, o Pantera Negra e o Doutor Estranho, e com o Homem de Ferro perdido e isolado no espaço, os Vingadores juntam os cacos para tentar dar o troco em 3 horas de filme.

Predatório

A procura pela pré-estreia provocou problemas em sites de vendas de ingressos e certamente nunca houve tantas sessões à meia-noite de um filme na Paraíba: fãs de João Pessoa, Patos, Guarabira e Remígio já puderam assistir ao filme esta madrugada.
Essa voracidade se repete na ocupação predatória do filme no circuito. O Brasil não chega a ter 3 mil salas de cinema, mas 2.700 exibirão Vingadores — Ultimato: 80% do total, deixando apenas 20% para todos os outros filmes do mundo.

Na Paraíba, o filme dos irmãos Anthony e Joe Russo estão em 31 das 41 salas do estado. São números até o fechamento desta edição, já que as três salas de Guarabira e a sala de Solânea ainda não haviam mandado sua programação. Podemos apostar que esse número chega a, pelo menos, 34 salas. O que daria 82,92% de ocupação.

Fim de jogo

Com um elenco gigante, o filme encerra a fase três do universo cinematográfico da Marvel (que ainda terá um apêndice com Homem-Aranha — Longe de Casa, em julho) e a ansiedade é de que encerre também a participação de um ou mais atores na franquia.

Cercado de segredos e com os diretores pedindo em vídeo na internet para que os espectadores evitem entregar os famigerados spoilers, rumores sobre o destino do Capitão América, por exemplo, surgiram desde que o ator Chris Evans publicou um tweet no fim das filmagens agradecendo à equipe e ao personagem. Quando se especulou se isso significaria a morte do Capitão, o ator desmentiu.

Muito se fala também a respeito do Homem de Ferro, personagem que começou tudo. Seria o fim de sua jornada, o fechamento de um ciclo. Robert Downey Jr., 54 anos, esrtá chegando ao 10º filme como Tony Stark, em aparições que variaram de protagonista a ponta. Seu personagem teve três filmes “seus”, mas o último foi no já longíquo 2013. O cenário parece próprio para uma despedida. Mas também é pura especulação.

Com relação ao número de vezes vestindo o uniforme, Chris Evans empata com Robert Downey Jr. no quesito. Ele também foi o Capitão América em dez filmes. Tom Holland, por sua vez, será o Homem-Aranha pela quarta vez, quebrando o recorde de Tobey Maguire, que estrelou a trilogia de Sam Raimi, de 2002 a 2007.

O segredo é tanto que as cenas usadas em trailers e comerciais de TV são, alegadamente, de acordo com o produtor Kevin Feige. dos 20 primeiros minutos do filme. O pouco que se sabe vem daí e de informações sobre produções vindouras do universo Marvel no cinema e na TV.

Mas ainda é uma curiosidade saber como será o universo Marvel no cinema a partir do final de Vingadores — Ultimato. Uma grabnde questão é o que acontece com a compra da Fox pela Disney e o retorno dos supergrupos X-Men e Quarteto Fantástico ao controle do Marvel Studios. Será que esses personagens, emblemáticos da Marvel nos quadrinhos, passarão a integrar o universo da editora no cinema?

*Texto de Renato Félix, do Jornal CORREIO

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