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Violência deixa cidades sem banco na PB e moradores viajam para pagar contas

As explosões a banco acontecem sempre na madrugada e os modos sempre são os mesmos. Os bandos já são chamados de novos cangaceiros. Quando eles chegam, normalmente em grupo, cercam a cidade, são agressivos, usam armamento pesado e fogem levando dinheiro e deixando um rastro de destruição. Quem sofre com isso? A população que se priva de serviços bancários básicos como, por exemplo, receber o próprio salário, como a aposentadoria.

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Os ataques ocorrem normalmente em cidades pequenas, que têm baixo efetivo policial. Em muitos casos, o banco é o único da cidade e isso obriga os clientes a se deslocarem para outros municípios próximos. Com isso, para sacar os salários e aposentadorias, os moradores percorrem quilômetros para realizar as transações.

O caos trazido pelos ataques já virou rotina na vida de um comerciante na cidade de Soledade, a 165 km de João Pessoa. Três vezes por semana, ele tem que viajar 134 km, entre idas e vindas, até a cidade de Campina Grande para fazer todas as transações bancárias. Dois bancos da cidade foram alvo de explosão este ano.

De acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, 53 bancos foram alvos de explosões neste ano no estado. Em quase todas ocorrências, o alvo é o Banco do Brasil. Em muitos casos, é a única agência da cidade. Uma das ocorrências recentes foi na cidade de Tavares, no Sertão do estado, a 420 km de João Pessoa, nessa quarta-feira (16). Na ocasião, cerca de 15 criminosos explodiram a agência do Banco do Brasil, uma pessoa foi baleada e muitos tiros foram efetuados.

O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, disse que as forças de segurança do Estado estão em constantes reuniões e monitoram as quadrilhas. Ele falou ainda que operações estão em curso para prender os criminosos.

“Estamos trabalhando para reduzir as ocorrências. Realizamos constantes reuniões de monitoramento e operações estão em curso para prender esses assaltantes. Alguns já foram presos, mas outros estão perto de serem pegos. Secretários de Segurança do Nordeste se reúnem constantemente para traçar metas e planos para um trabalho em conjunto”, falou o Cláudio Lima.

Nota do Banco do Brasil

O Banco do Brasil não informa o cronograma de reabertura das agências fechadas na Paraíba. Por nota, a assessoria de imprensa da instituição, disse que o banco avalia a normalização dos serviços das unidades, ainda sem previsão, e salienta que os prejuízos causados não se limitam aos valores subtraídos. “Mais que isso, envolve a preservação da integridade física e emocional de seus clientes, funcionários e prestadores de serviço, além dos investimentos necessários para a recuperação da dependência após as investidas criminosas”, diz o banco.

Ainda segundo a nota, o BB disse que está presente no entorno dos municípios atingidos por meio do atendimento das suas agências, além do atendimento via Banco Postal e correspondentes bancários. O banco mantém, ainda, parceria com outras instituições para transações de saques e consulta a saldos e extratos em casas lotéricas e banco 24 horas. O atendimento pode ser prestado também via central telefônica, pelo celular e Internet.

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