Se é difícil conviver com o preconceito, com a discriminação, com os vários tipos de assédio e com o racismo, pior ainda com a crescente violência física e assassinatos de mulheres no Brasil. Infelizmente, nosso país é o 5°, em uma lista de 83 acompanhados pela OMS, de onde mais se mata mulheres. E a Paraíba é novamente destaque.
Nos últimos 10 anos, enquanto o mundo assistia o avanço do gênero nos negócios e em carreiras antes reservadas apenas aos homens, aqui na Paraíba houve retrocesso no que diz respeito a assassinato de mulheres. O “Mapa da violência 2015: Homicídio de Mulheres” diz que na década, as mortes aumentaram 229,2% no Estado, que só perde percentualmente para Roraima, 343,9%.
Os números dão a Paraíba uma taxa de 6,4 homicídios por grupo de 100 mil mulheres. A taxa do Brasil é de 4,8. E essa violência não pode ser associada a pobreza, riqueza ou cultura regional, uma vez que Piauí e São Paulo, um do Nordeste subdesenvolvido e o outro do Sudeste rico, ostentam, igualmente, a menor taxa do Brasil – 2,9.
As Secretarias de Políticas para as Mulheres, criadas nas diversas esferas de poder, têm um desafio enorme a vencer. Os números envergonham, mas existe outros tipos de violência que não chamam tanta atenção: a discriminação salarial, o preconceito que dificulta ascensão aos cargos de decisão, o assédio que reduz a mulher a objeto de prazer. E não podemos esquecer o inaceitável e condenável racismo contra as negras.
A fatia de poder político das mulheres, que são maioria no eleitorado brasileiro, ainda é insignificante. Na Câmara dos Deputados, das 513 cadeiras, apenas 51 (9,9%) são ocupadas pelo gênero. No Senado, são 11 (13,5%) contra 70 homens.Para a Assembleia da Paraíba, só três foram eleitas – Daniella Ribeiro, Estela Bezerra e Camila Toscano. As outras 33 vagas (91,6%) ficaram com homens.
As fórmulas para frear essa violência sempre são amplas, independente se apresentada por criminalista, sociólogo ou vítimas, mas com certeza só faria bem à mulher fazer valer o seu poder eleitoral e ocupar mais cargos de poder.
TORPEDO
“Nós estamos avançando muito, apesar de todas as dificuldades com a crise nacional, e o resultado é um futuro cada vez mais aberto para que nosso povo possa ser incluído social e economicamente”.
De Ricardo Coutinho, sobre o Fórum de Governança da Internet, evento que a Paraíba atraiu graças ao Centro de Convenções.
Estrelas…
Ao empossar Carlos Batinga na Semob, o prefeito Luciano Cartaxo disse que a experiência do novo auxiliar é importante diferencial. Repetiu que melhorar o trânsito, “algo que todos usam”, é compromisso da gestão.
… na Semob
Além de Batinga, a Semob ganhou mais dois especialistas em mobilidade urbana: José Augusto Morosini e o professor Nilton Pereira. Juntos, tentarão transformar o que é ponto fraco, em positivo na gestão de Cartaxo.
MPE x RC
O TRE já ouviu todas as testemunhas arroladas por acusação e defesa na Aije do MPE que pede a cassação de Ricardo Coutinho por uso eleitoreiro do Empreender. Agora serão as alegações finais e depois o julgamento.
Carreira
Os deputados federais Wilson Filho (PTB), Manoel Júnior e Hugo Motta (PMDB) se comprometeram com a direção do CRM a defender a PEC 454, que institui a carreira de estado para o médico e piso profissional nacional.
ZIGUE-ZAGUE