Moeda: Clima: Marés:
Início Esportes

Warley se pronuncia e chora em vídeo: ‘Fui vítima’

O ex-jogador e atual gerente de futebol do Botafogo-PB, Warley dos Santos, divulgou um vídeo nessa sexta-feira (2) para reafirmar que foi vítima de um assalto. Chamando a suspeita do crime de ‘acusada’ várias vezes, ele voltou a dizer que a travesti o assaltou e tentou matá-lo. A versão dela é que houve uma briga porque Warley não pagou por um programa sexual. Assista acima.

Veja também:

“Fui vítima de um assalto e depois fui ferido a facadas pelo acusado. Tive meu celular roubado e encontrado na casa do acusado pela polícia. Escapei pela graça de Deus. Lamento a todos pelo ocorrido. Tive minha imagem afetada, mas tenho certeza que a verdade há de prevalecer”, disse ele, em um dos trechos.

“Muitas pessoas me julgaram e não pensaram que tenho uma família, filhos, uma carreira nova como gerente de futebol”, afirmou.

Warley termina o vídeo agradecendo ao apoio de amigos, atletas, ao Botafogo e aos profissionais de saúde que o ajudaram. No fim, o vídeo com quase três minutos ganha uma trilha sonora e Warley chora. “Ganhei de volta a minha vida”.

O caso

Warley foi esfaqueado na madrugada de 26 de janeiro deste ano. Quatro dias depois, uma travesti de 26 anos foi localizada em Cabedelo, na Grande João Pessoa, como suspeita do crime. Segundo a polícia, ela portava o celular de Warley.

Na delegacia, ela negou que tivesse cometido o crime e disse que foi contratada por ele para fazer um programa sexual, mas Warley não quis pagar o valor que seria R$ 80. Segundo a travesti, os dois brigaram e o ex-jogador ficou ferido na confusão, não porque ela o teria esfaqueado. O delegado que acompanha o caso disse que a travesti esfaqueou a vítima de forma intencional.

Mesmo ferido com facadas nas costas, Warley conseguiu dirigir e pedir ajuda a amigos, conforme imagens gravadas por câmeras de segurança. Ele foi socorrido para o Hospital de Trauma, onde foi internado em estado grave.

Algumas horas depois, Warley foi transferido para um hospital particular onde passou por uma cirurgia e já recebeu alta.

Depois de ficar presa temporariamente, a travesti foi solta no dia 31 de janeiro, após audiência de custódia. Segundo o juiz Adilson Fabrício, que decidiu pela liberdade da suspeita, a prisão da travesti ocorreu quatro dias depois e não poderia ser considerada ‘em flagrante’, como determinado pela Polícia Civil. Com isso, a suspeita poderá responder pelo crime de tentativa de latrocínio em liberdade. O juiz aceitou a argumentação do representante do Ministério Público, Ricardo Alex Almeida Lins.

Apesar disso, o juiz entendeu que o crime praticado foi extremamente grave e por motivo fútil e a tese de legítima defesa alegada pela travesti ainda precisa ser comprovada.

publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.