“Um trauma para o resto da vida”. É assim que a família do triatleta Werner Rudolf Wolff Júnior descreve o acidente que o deixou debilitado enquanto praticava ciclismo em uma das rodovias federais que cortam o estado da Paraíba. Ele foi vítima de um atropelamento quando pedalava na BR-230, no dia 24 de julho de 2012, no município de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa.
Apesar da alegria em ter o filho vivo e ao seu lado, a mãe de Werner Rudolf desabafou sobre as tristezas e dificuldades em não poder contar com o suporte da legislação brasileira a favor do filho. “Ele já deveria ter iniciado outros tratamentos, mas até agora o processo rasteja e ninguém foi responsabilizado pelo acidente”, lamenta a mãe.
17 meses após o atropelamento, o triatleta ainda não conseguiu se recuperar completamente e tem dificuldades para andar. Ele também não voltou a exercer atividades físicas e não há previsão de seu retorno ao ciclismo, atividade que os familiares abominam.
“Ele tem a expectativa e é apaixonado pelo triátlon. Mas, peço a Deus que ele não volte a pedalar, pois nosso país não está preparado para isso”, revelou Denise Wolff.
Além da dificuldade para se movimentar, o triatleta também não realizou o implante de uma prótese para repor a orelha decepada no acidente.
Atualmente, Rudolf ocupa o tempo com sessões de fisioterapia intercaladas com as atividades como administrador de uma empresa do ramo da construção, da qual é proprietário.
Werner Rudolf Wolff Júnior foi atropelado por um ônibus escolar durante treinamento para o Campeonato Mundial de Triátlon.