Os Agentes de Combate às Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Campina Grande, no Agreste paraibano, a 130 quilômetros de João Pessoa, vão paralisar as atividades, nesta quarta-feira (31). O movimento de advertência foi definido durante assembleia da categoria realizada no último dia 23, e cobra melhores condições de trabalho e reajuste da data-base das categorias.
De acordo com a organização do movimento, a expectativa é que cerca de 900 trabalhadores cruzem os braços na cidade.
A paralisação não inviabilizará o atendimento nas unidades, mas suspenderá, por exemplo, o acompanhamento das gestantes, hipertensos, diabéticos e demais pacientes crônicos atendidos pela Atenção Básica, além do combate ao mosquito Aedes e demais endemias.
De acordo com o vice-presidente Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), Giovanni Freire, o percentual de reajuste proposto para a data base foi de 30%, retroativo a janeiro, e a categoria pede ainda o enquadramento com relação ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), tanto pelo tempo de serviço como por titulações e capacitação.
Ele disse que além desta quarta, também estão programados mais três dias de paralisação nos dias 19,20 e 21 de fevereiro. Também está agendada uma nova assembleia, para o dia 1º de março, já com indicativo de greve, caso as reivindicações e direitos da categoria não sejam garantidos.
Prefeitura espera bom senso
A reportagem do Portal Correio entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Campina Grande, que explicou que já existe uma reunião agendada para esta quinta-feira (2) com os agentes. Na ocasião, vão ser disponibilizados para os funcionários, novos fardamentos, bolsas, protetores solares, dentre outros produtos de uso dos trabalhadores no dia a dia.
A Secretaria de Saúde ainda explicou que a Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG) tem até maio para pagar o reajuste de 30% que foi proposto pelos agentes de saúde. Ainda de acordo com a versão da PMCG, a secretária de Saúde, Luzia Pinto, sempre dialoga com a classe e espera o bom senso dos profissionais para que a população não seja prejudicada.