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O advogado Artêmio Picanço, em entrevista ao Correio Debate, da Rádio 98 FM, revelou detalhes sobre as investigações que levaram à captura dos envolvidos no caso Braiscompany, um esquema de fraude financeira que prejudicou centenas de pessoas.
Picanço, que foi o primeiro a receber uma notificação extrajudicial de Antônio Neto, um dos principais envolvidos no esquema fraudulento, descreveu a sensação de alívio ao ver a justiça sendo feita. “É uma sensação de alívio muito grande. Dever cumprido em entregar um pouco de justiça social às pessoas”, afirmou o advogado, ressaltando sua esperança de que os responsáveis cumpram longas penas de prisão pelos danos causados, especialmente aos paraibanos.
Além disso, o advogado anunciou planos para o próximo mês em Campina Grande, onde está sendo remanejado uma ação para ressarcir as vítimas. A ação, acessível a todos, buscará proporcionar às pessoas lesadas o direito de buscar reparação pelos danos sofridos.
O advogado destacou sua colaboração com as autoridades policiais responsáveis pelo caso, utilizando suas habilidades e experiências adquiridas anteriormente.
“Descobri o paradeiro deles analisando padrões. Esses fraudadores seguem um padrão muito similar. Imaginei que o investigado voltaria a ter um perfil público, dado seu histórico de exposição e gosto por luxo. Utilizamos técnicas de fiscalização e ferramentas que aprendi quando fui chefe de fiscalização do Procon em Goiás”, explicou Picanço.
Ele detalhou sua investigação, que incluiu busca pelas melhores academias e locais de moradia na Argentina, chegando ao condomínio de luxo em Nordelta, onde, inclusive, residia o falecido Diego Maradona. “Achei um perfil de um personal trainer, que em uma de suas postagens, tinha a marcação do investigado. Com isso, chegamos ao novo perfil dele com nome falso”, acrescentou.
Todas as informações colhidas foram enviadas às autoridades policiais, que já tinham posse delas. “Na última sexta-feira (23), seis dias antes da prisão, houve uma reunião no Ministério da Justiça. Na minha concepção, o órgão tinha a estrutura mais organizada para solicitar a captura dos investigados ao governo argentino”, concluiu o advogado.
O casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, sócios da Braiscompany, foram presos pela Interpol, nessa quinta-feira (29), na cidade de Escobar, na Argentina. De acordo com informações do jornal Clarín, Antônio Ais estava planejando fugira para Dubai com o dinheiro desviado da empresa, quando o plano foi descoberto.
Agora, a Justiça Federal da Paraíba busca sua extradição para que possam responder pelos crimes cometidos no Brasil. Os dois países têm um acordo que permite a extradição. Uma coletiva marcada para as 11h na Superintendência Regional da Polícia Federal em João Pessoa, vai trazer mais detalhes sobre o assunto.
Sistema Correio de Comunicação.
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