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Aeronáutica interdita Aeroclube por inadequação com normas de aviação

A Aeronáutica decidiu interditar o Aeroclube da Paraíba, no período de 5 de janeiro a 4 de abril de 2018. No site da instituição, a notificação sobre o fechamento do aeródromo informa que o motivo é a ‘presença de obstáculos violando a zona de proteção’. A interdição foi confirmada pelo presidente da Associação dos Moradores e do Conselho de Segurança do bairro do Bessa, Dema Macedo. A associação foi autora de representação junto à Aeronáutica que denunciou irregularidades no local, entre elas o tamanho da pista, que deve ser reduzida pela metade para atender às novas normas de aviação civil, vigentes desde 2015.

Segundo Dema Macedo, quando foi construído, o Aeroclube se enquadrava nas normas de aviação da época, inclusive pela ausência de prédios em volta do local. “Com tempo, foram erguidos muitos prédios em volta, que inclusive o próprio Aeroclube deveria ter pedido o embargo quando eles estavam sendo construídos, o que não aconteceu. Em 2015, a Aeronáutica publicou novas regras de aviação, que chegaram em um momento em que o Aeroclube já estava cercado de prédios e, com isso, se tornou inviável. Só faltava alguém que denunciasse isso e nós fizemos, porque o risco de uma aeronave se chocar com qualquer prédio desses, a qualquer momento, é real”, disse.

O representante disse que existem várias incompatibilidades entre a estrutura do Aeroclube e as normas atuais, mas o tamanho da pista é o que mais preocupa. “Para que as decolagens aconteçam na distância segura para os prédios, dentro do que prevê as normas atuais, a pista tem que ser reduzida pela metade, ficando com, no máximo 500 metros”, explicou.

Em 2015, quando foram publicadas as novas normas de aviação, a direção do Aeroclube assinou um TAC (termo de ajustamento de conduta) no qual se comprometeu a apresentar, até setembro desde ano, o plano básico de zona de proteção do aeródromo, o que não aconteceu, segundo Dema. “Agora com o fechamento, não sei se eles vão cumprir. Esse prazo de janeiro até abril, dado pela Aeronáutica é para que o Aeroclube se adeque às normas, o que me parece impossível, porque não tem como remover os prédios. Acho que o aeródromo está inviabilizado”, opinou. A reportagem tentou ouvir a direção do Aeroclube, mas até o fechamento desta edição não conseguiu contato.

Com informações de Ainoã Geminiano, do Jornal Correio da Paraíba

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