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Após prisões em Conde, vereador Boca Louca renuncia ao cargo

Alegando motivos de foro íntimo, o vereador Fernando Araújo, mais conhecido como Fernando Boca Louca (Avante), renunciou ao mandato parlamentar na Câmara Municipal de Conde. Ele formalizou, nesta sexta-feira (10), o pedido por meio de um requerimento destinado ao presidente da Casa, Carlos Oliveira.

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O vereador está sendo investigado por contratação de servidores fantasmas. Ele foi denunciado, no mês passado, por ter contratado uma beneficiária do Bolsa Família como assessora para desviar dinheiro. As investigações estão sendo coordenadas pelo delegado Allan Terruel, da Delegacia Contra de Combate ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil da Paraíba, que estima que o vereador tenha desviado mais de R$ 70 mil com o esquema.

Outras pessoas foram nomeadas na condição de assessores que recebiam os valores dos salários, sacavam e devolviam em mãos para o vereador. Além de dele, outros vereadores estão sendo investigados, inclusive os vereadores Ednaldo Barbosa da Silva, o Naldo Cell (PT), e Malbatahan Pinto Filgueiras, o Malba de Jacumã (Solidariedade) deles foram presos preventivamente, na segunda-feira, na Operação Cavalo de Tróia, e no dia seguinte após passarem pela audiência de custódia, tiveram a preventiva convertida em prisão domiciliar, mas com o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitoramento.

Suplente assume

Com a renúncia de Fernando a Câmara vai convocar o suplente, Flávio Melo de Souza, mais conhecido como Flávio do Cabaré (PR), que está preso após denunciar Boca Louca pois havia um mandado de prisão pendente contra ele. Ele foi detido junto com a esposa Janaína da Silva Vieira pelos crimes previstos nos artigos 228 (favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual), 229 (casa de prostituição), 230 (rufianismo) e 288 (associação criminosa), todos do Código Penal (CP).

Se passados os 15 dias da convocação, o primeiro suplemente não se apresentar, que deverá assumir a vaga na Câmara é o segundo suplente Luiz Silveira de Paula, o Luiz de Bihino (PR).

De acordo com o procurador da Câmara Municipal de Conde, João Sobral, o pedido de renúncia é irrevogável e será lido na próxima sessão ordinária da Casa, pelo presidente, na sessão de segunda-feira, juntamente com a convocação do suplente para tomar posse como titular.

“Vamos ter que aguardar o transcurso do prazo regimental, que é de 15 dias, se o suplente não se apresentar para investidura no Cargo, haverá a convocação do segundo suplente”, explicou o procurador.

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