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Peixes são achados mortos após soda cáustica no Rio Gramame

A Defesa Civil da Prefeitura de João Pessoa encontrou peixes mortos no Rio Gramame, no Conde, na região metropolitana da Capital após o vazamento de soda cáustica no local, ocorrido na sexta-feira (9). O coordenador do órgão, Noé Estrela, informou ao Portal Correio que na segunda-feira (12) foram coletadas algumas espécies que serão analisadas.

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O material recolhido será encaminhado para análise em um laboratório. De acordo com Noé Estrela, o objetivo é tentar identificar o possível nível de contaminação provocado após o derramamento de 40 mil litros soda cáustica no local.

Ele revelou que a Defesa Civil está em contato com representantes do laboratório da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para encaminhar o material. “Além dos peixes mortos, constatamos a mudança na coloração da água. Por isso, até que seja divulgado o resultado da análise recomendamos que a população não faça uso da água”, afirmou.

Noé disse ainda que após a divulgação do resultado da análise, a Defesa Civil deverá emitir uma nota esclarecendo o caso.

Cagepa

A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) assumiu que é responsável pelo vazamento de soda cáustica no Rio Gramame, mas minimizou os danos. A estatal negou que houve vazamento de 40 mil litros do produto na água, mas também não disse qual seria o volume lançado.

Em nota enviada após a publicação desta matéria, a Cagepa disse que, desde sábado (11), a água do Rio Gramame se encontra dentro dos padrões permitidos para uso humano e animal e negou que tenham sido causados danos ambientais.

Segundo a estatal, um tanque cilíndrico, que armazenava hidróxido de sódio utilizado no tratamento da água produzida na Estação de Tratamento de Gramame, apresentou um vazamento, o que acabou carreando parte do produto químico ao leito do Rio Gramame.

“Logo após o acidente, técnicos da Gerência de Controle de Qualidade da Cagepa passaram a fazer, diariamente, o monitoramento do rio. Os testes mostram que o PH da água está em 6,8 (dentro dos padrões permitidos, que variam de 6 a 9,5)”, disse a Cagepa.

“A água distribuída pela Cagepa, a partir da Estação de Tratamento de Gramame, em nenhum momento foi afetada com o rompimento do equipamento, descartando, assim, qualquer possibilidade de prejuízos ao consumo humano”, afirmou a companhia.

A Cagepa disse que acionou a Superintendência Estadual de Administração do Meio Ambiente (Sudema) para fornecesse orientações necessárias “a fim de evitar impactos mais drásticos”.

“A Cagepa informa que já adotou todos procedimentos administrativos necessários para apurar as causas do acidente e responsabilizar a empresa responsável pelo fornecimento do tanque cilíndrico, visto que o equipamento foi adquirido há pouco menos de cinco anos”, informou em nota.

Mais informações sobre os serviços executados pela Cagepa podem ser obtidas pelo telefone 115.

*Matéria atualizada para incluir a nota da Cagepa.

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