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Assembleia promove sessão especial para discutir esclerose múltipla

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou nesta quinta-feira (1º) uma sessão especial para debater a esclerose múltipla. O evento aconteceu em alusão à Campanha Agosto Laranja.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune e que não tem cura, no entanto, os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a sua progressão.

Entre os temas abordados estiveram o acesso a exames, a liberação de novos medicamentos pelo Ministério da Saúde, profissionais especializados, além de uma sede própria para a associação estadual dos portadores da doença.

“A Frente Parlamentar [de Doenças Raras] é justamente para que possamos criar uma ponte e fazermos com que as pessoas  mais humildes consigam chegar ao diagnóstico e à solução final, que é o medicamento. É justamente essa ponte que nós estamos criando com a esperança de que ela seja muito sólida e permaneça no futuro da Assembleia Legislativa ajudando os que mais precisam”, disse o deputado Tover Correia Lima.

A neurologista Bianca Oliveira, coordenadora do Centro de Referência de Esclerose Múltipla do Estado da Paraíba, explicou que o fato dos sinais e sintomas da esclerose serem semelhantes ao de outras patologias neurológicas e autoimunes dificulta o acesso ao diagnóstico.

“Para fazer o diagnóstico definitivo da doença nós precisamos de exames complementares, como a ressonância por exemplo, e são exames de alto custos, são exames de difícil análise. Nós estamos fazendo um projeto em busca de doações, com parcerias com a indústria farmacêutica e com a universidade Federal da Paraíba em busca da aparelhagem para a análise específica da esclerose múltipla”, destacou a neurologista.

A presidente da Associação Paraibana de Esclerose Múltipla (Apbem), Lamara Lucena, que é portadora da patologia, relatou as dificuldades dela e de outros pacientes para ter acesso ao diagnóstico. Segundo Lamara, no seu caso especificamente, o diagnóstico de esclerose múltipla levou 15 anos para ser fechado.

“Há uma dificuldade nesse sentido. Muitas pessoas, assim como eu, tiveram e têm dificuldades em ter o diagnóstico correto, além disso, precisamos do tratamento. É uma patologia desafiante, que agride o sistema neurológico com lesões que podem afetar qualquer parte do corpo como a visão, a fala, a locomoção. Temos que fazer um tratamento adequado antes que as lesões cheguem”, argumentou Lamara.

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