A atuação do Banco do Nordeste na Paraíba em 2018 resultou na aplicação de R$ 2,1 bilhões na economia estadual. Esse é o maior volume da série histórica do Banco na Paraíba. Somente com aplicações do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o incremento foi de 56%, no comparativo com 2017. O Semiárido, composto por 170 municípios paraibanos, foi a região onde mais se aplicou verbas do FNE: R$ 1,1 bilhão.
Compõem o valor total aplicado na Paraíba recursos do FNE, recursos internos do BNB e o microcrédito urbano (Crediamigo). Se levar em conta todas as fontes de recursos, o crescimento foi de 36,6% do valor das contratações no comparativo com 2017, quando foi aplicado R$ 1,6 bilhão. Na primeira semana de janeiro, a instituição anunciou a aplicação de R$ 43,3 bilhões destinados aos nove Estados nordestinos, mais Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A avaliação do superintendente do BNB na Paraíba, Wesley Maciel, é de que a retomada econômica e ações de infraestrutura foram fundamentais para a contratação de projetos estruturados, evidenciando o Banco do Nordeste como a instituição mais utilizada por empresas em investimentos de longo prazo.
“Seja para a realização de reformas, transformação de matriz energética, melhorias em processos de gestão empresarial, na Paraíba 79% das pessoas que resolvem tomar crédito de longo prazo são clientes do BNB. E, desse quantitativo, o Semiárido foi amplamente contemplado, destacando a missão do Banco de atuar em áreas economicamente deprimidas para fomentar a economia. Isso demonstra a relevância que temos junto aos agentes produtivos do Estado”, ressalta Wesley.
Ao considerar apenas o fundo constitucional, a Paraíba contratou 52,6 mil operações de crédito, perfazendo o montante de R$ 1,4 bilhão aplicados em financiamentos e investimentos com o FNE. Desses, R$ 545 milhões foram destinados a projetos de infraestrutura para instalação de novas matrizes energéticas no interior do Estado.
Tradicionalmente, os segmentos de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e da Agricultura Familiar são setores que destacam-se no volume de operações. As MPEs registraram contratações equivalentes a R$ 185,6 milhões, superando 2017 em 11%, quando aplicou R$ 166 milhões, considerando nesses resultados também fontes internas de recursos.
Na microfinança, os agricultores familiares atendidos pelo Agroamigo (microcrédito rural) contrataram R$ 236,2 milhões com o BNB. No microcrédito urbano, Crediamigo, o montante aplicado foi de R$ 665 milhões.
“Atuamos desde a operações mínimas de R$ 100 no microcrédito, até as contratações mais impactantes dos grandes projetos da Paraíba. Estamos presentes nos segmentos que mais empregam no país, as MPEs, e também somos parceiros dos grandes empresários instalados na Paraíba”, ressaltou o superintendente.
Para 2019, o superintendente mostrou otimismo. “O ano de 2018 foi muito positivo. Batemos todos os recordes de aplicações, mas estamos ampliando a dotação na Paraíba para 2019. Ela vai subir, em média, 20%. Esperamos bater o recorde novamente”, torceu.
Wesley explicou que, para o Fundo Constitucional de Financiamento tradicional, voltado às atividades produtivas (comércio, indústria e serviços), o banco terá um crédito de 927 milhões. Para infraestrutura, informou que tem mais 200 milhões de reais. Já para o microcrédito, através do CrediAmigo, mais 700 milhões. “Somando tudo, com a confiança do empresariado em função do novo governo, a demanda de crédito pode elevar”, destacou.