O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu na manhã desta quinta-feira (21) com governadores para discutir soluções para problemas econômicos e de saúde pública enfrentados durante a pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro disse que vai sancionar o socorro de R$ 60 bilhões para Estados e Municípios.
O programa de socorro previsto na proposta aprovada pelo Congresso Nacional destina R$ 60 bilhões aos estados e municípios para compensação de perdas de receita e ações ocasionadas pela Covid-19.
“Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um projeto que é uma continuidade de outras leis há pouco aprovadas de um auxílio, um socorro aos senhores governadores de aproximadamente R$ 60 bilhões, também extensivo a prefeitos”, disse o presidente.
Em tom amistoso e pacífico com todos os gestores, Bolsonaro defendeu a necessidade de preservação dos empregos. “Uns perdendo os seus empregos, outros tendo os seus salários reduzidos, os informais também que foram duramente atingidos nesse momento, buscar maneiras de, ao restringirmos alguma coisa até 31 de dezembro do ano que vem, isso tem a ver com o servidor público da União, dos Estados e Municípios”, afirmou.
Bolsonaro afirmou que o governo defende o congelamento de salários de servidores até 2021. “O mais importante: se possível sair uma proposta aqui por unanimidade de nós, ao vetarmos quatro dispositivos, um que é de extrema importância, que esse veto venha a ser mantido por parte do parlamento. Porque é assim que vamos construir nossa política, nos entendendo cada vez mais”, disse Bolsonaro.
A reunião por videoconferência durou menos de 1 hora e foi marcada por problemas técnicos que dificultaram a comunicação entre o presidente e alguns governadores. Além de Bolsonaro, participaram ainda os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O isolamento social, alvo de divergências entre Bolsonaro e governadores, não foi discutido.
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), considerou a reunião objetiva. “O foco foi claro nas discussões do projeto aprovado pelo Congresso Nacional e no pleito dos governadores de agilizar essa medida, que também suspende as dívidas dos Estados com a União e com os bancos”, avaliou.
Ele também informou que houve um apelo dos governadores para que a primeira parcela do auxílio pudesse já ser liberada no mês de maio. “Isso faria uma diferença significativa para as finanças dos Estados e Municípios do país. A reunião foi extremamente propositiva, respeitosa e que poderá ser um marco para que a gente possa, a partir de agora, construir uma relação que permita que a gente enfrente essa crise”, observou.