Moeda: Clima: Marés:
Início Recomendamos

Broncoscopia: o que é e para que serve o procedimento?

Médico pneumologista professor de Medicina do Unipê conta sobre indicações e contraindicações

Asma, bronquites, hipertensão pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica, dentre outras, são algumas das enfermidades que acometem as vias aéreas e estruturas do pulmão, impactando significativamente a qualidade de vida de quem convive com elas. Para se ter uma ideia, o Ministério da Saúde aponta que 23,2% da população vive com asma.

Tosse, sangramento e falta de ar? Tudo isso pode indicar um adoecimento das vias aéreas e estruturas do pulmão. Mas como saber se alguém tem algum problema respiratório? Uma aliada importante é a broncoscopia. A fim de garantir um melhor funcionamento do aparelho respiratório, diagnosticando e tratando problemas à ele relacionados, a broncoscopia (também conhecida como endoscopia das vias aéreas), ajuda a examinar as estruturas respiratórias desde o seu início até os pulmões. E geralmente é realizada por um cirurgião torácico, pneumologista ou endoscopista, utilizando o broncoscópio.

“Este instrumento é muito semelhante aos usados para as populares endoscopias digestivas. É basicamente um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta, inserido através das vias aéreas (nariz ou boca) até os brônquios e pulmões, permitindo que o médico visualize o interior das vias respiratórias, sendo capaz de diagnóstico, e através de um canal específico possa realizar procedimentos – como biópsias, retiradas de corpos estranhos, tratamentos específicos ou cauterização de áreas com sangramento”, cita o pneumologista Rodolfo Bacelar.

Indicações e contraindicações

Professor do curso de Medicina do Unipê, Rodolfo explica que a broncoscopia é geralmente segura e indicada em uma variedade de situações, como o diagnóstico de doenças pulmonares, da laringe, traqueia e dos brônquios. O procedimento também pode ser realizado para ajudar pessoas que tem a intubação difícil de ser feita.

Dentre outras indicações estão a avaliação de sintomas como tosse persistente, presença de sangue no escarro, infecções pulmonares recorrentes, suspeita de câncer de pulmão, retiradas de corpos estranhos e terapias para doenças pulmonares avançadas, segundo o especialista.

Contudo, há contraindicações a depender da condição médica do paciente. “Pessoas com problemas cardíacos graves, problemas respiratórios agudos e insuficiência respiratória, risco de sangramento aumentado ou outras condições médicas significativas podem não ser candidatas ideais para o procedimento, devendo-se ter planejamento necessário quando o exame se faz absoluto para o diagnóstico ou tratamento das condições respiratórias associadas”, diz Rodolfo.

O pneumologista reforça que o médico deve avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios antes de recomendar a broncoscopia, ou até mesmo em que local ou quais condições ela poderá ser feita. “Importante discutir todas as preocupações e informações de histórico médico com o profissional antes de realizar qualquer procedimento, incluindo a broncoscopia. Essas informações poderão fornecer orientações específicas e detalhadas sobre como o procedimento será realizado”, informa.

Preparação para o exame

O procedimento requer obrigatoriamente que o paciente tenha feito jejum antes de sua realização. Ao chegar no local, o especialista explicará sobre a broncoscopia e o paciente precisará assinar um termo de consentimento, como em toda intervenção médica – qualquer procedimento tem riscos, ainda que baixos quando bem planejado, e pode apresentar complicações.

“A presença de um acompanhante com mais de 21 anos é obrigatória pois o paciente fará uso de sedativos. Por isso também não poderá dirigir, trabalhar, nem realizar esforços físicos após o exame. Deve-se levar os exames laboratoriais, de função pulmonar e de imagem necessários para o entendimento do caso pelo médico que realizará o procedimento, além da lista de medicações em uso. Dependendo da indicação, remédios que aumentam o risco de sangramento – como anticoagulantes e antiagregantes plaquetários – podem necessitar de suspensão prévia”, completa Rodolfo.

A broncoscopia nem sempre necessita de anestesia geral. No entanto, o ideal é usar medicamentos que promovam um maior conforto e segurança ao procedimento. O paciente geralmente é sedado sob anestesia geral ou anestesiado localmente. O broncoscópio, então, é inserido nas vias aéreas e o médico examina as estruturas em busca de inflamações, tumores, infecções, sangramentos ou outras anormalidades. “Ou realizando procedimentos terapêuticos e biópsias”, finaliza o especialista.

Quer ser um (a) pneumologista?

Faça Medicina! O curso do Unipê forma profissionais pautado em princípios éticos, qualificados com base no rigor científico e capazes de intervir em situações de saúde-doença que fazem parte do perfil epidemiológico nacional. Saiba mais sobre a graduação aqui!

publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.