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Após 2 anos, ‘Caso Rodolpho’ segue sem julgamento

Há dois anos, a Paraíba parava para acompanhar uma das tragédias que marcaram 2017: o caso do agente de trânsito Diogo Nascimento, 34 anos, que morreu horas após ser atropelado, durante uma biltz da Operação Lei Seca, por um veículo porsche dirigido por Rodolpho Carlos Gonçalves da Silva, réu pelo crime e que responde ao processo em liberdade.

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O crime aconteceu no dia 21 de janeiro. Diogo participava de uma blitz na Avenida Argemiro de Figueiredo, no bairro do Bessa, quando fez sinal para que um veículo parasse. O carro era dirigido por Rodolpho Carlos, que não obedeceu ao agente, acelerou o porsche e atropelou Diogo, fugindo em alta velocidade sem prestar socorro.

Ferido gravemente, Diogo Nascimento foi socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde ficou internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com politraumatismo. O agente não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto pela unidade hospitalar no domingo (22).

No mesmo dia, a polícia conseguiu identificar o endereço e a identidade do proprietário do veículo a partir da placa do carro, que ficou caída no local do acidente. Porém, Rodolpho Carlos não foi encontrado e passou a ser considerado foragido e ter um mandado de prisão preventiva aberta.

Ainda no domingo, Rodolpho foi beneficiado com um habeas corpus concedido pelo desembargador Joás de Brito.

Na segunda-feira (23), o então superintendente da Polícia Civil na Região Metropolitana de João Pessoa, delegado Marcos Paulo, afirmou que Rodolpho Carlos havia sido indiciado por homicídio doloso qualificado.

Rodolpho se apresentou a Polícia Civil na terça-feira (24) para prestar depoimento, mas preferiu se calar. Na saída da delegacia ele foi chamado de assassino. No dia 26 de janeiro, um novo pedido de prisão foi expedido contra Rodolpho e no dia 31 o crime foi reconstituído.

Já no dia 7 de fevereiro, a Justiça acatou denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e tornou Rodolpho Carlos réu na morte do agente Diogo Nascimento. No dia 14 de março, um laudo pericial apontou que Rodolpho poderia ter evitado o acidente, dando mais indícios de que ele cometeu o crime intencionalmente.

No dia 24 de abril, Rodolpho foi preso, após determinação judicial, e levado para a carceragem da Central de Polícia Civil. Posteriormente, ele foi encaminhado ao presídio PB-1, onde permaneceu até o dia 11 de maio, quando foi solto após um novo habeas corpus.

Durante a estada no presídio, Rodolpho permaneceu isolado dos outros presos por um período de dez dias e chegou ficar em celas sem energia elétrica, televisão ou ventiladores.

Ainda em 2017, no dia 18 de dezembro Rodolpho foi levado para interrogatório no Fórum Criminal Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello, mas voltou a se negar a falar sobre o caso.

Atualmente, o processo contra Rodolpho Carlos segue em tramitação, em 2º grau, no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), mas por conta do recesso judicial não houve movimentação processual desde o dia 19 de dezembro de 2018.

O Portal Correio tentou contato com familiares de Diogo Nascimento para saber como a família está dois anos após o crime e como eles encaram a demora para o julgamento do réu, mas as ligações não foram atendidas.

Ao Portal Correio, o advogado de Rodolpho Carlos, José Ideltônio Moreira Júnior, contou que o processo se aproxima da fase final e que confia que no judiciário paraibano.

“A gente está aguardando os prazos legais e todo o tramite processual para que a gente possa apresentar as defesas finais, confiando sempre no judiciário. Mas, ainda não podemos precisar quando isso irá ocorrer”, disse o advogado.

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