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‘Clima’ em Câmara aponta para cassação de Luiz Antônio

Apesar da provável longa duração da sessão que pode cassar o prefeito interino de Bayeux, Luiz Antônio, nesta quarta-feira (4), o clima na Câmara Municipal indica que o resultado deve ser desfavorável ao gestor.

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O vereador Roni Alencar (PMN) arriscou que o placar será 12 votos a 5 em apoio à saída definitiva de Luiz Antônio da gestão. Segundo ele, a cassação já é algo comentado “nos bastidores” da Casa.

Apesar do palpite, Roni diz que fará parte do grupo contrário à saída de Luiz Antônio. Ele afirmou não entender a decisão pela cassação, uma vez que “[o prefeito afastado] Berg Lima também foi pego pedindo propina e não recebeu o mesmo tratamento”.

“O jogo político faz com que haja dois pesos e duas medidas. Não cassou Berg, pego em flagrante, e agora quer cassar Luiz Antônio? Na minha opinião, deveriam os dois serem cassados. O que Bayeux merece são novas eleições”, argumentou.

O vereador Betinho da RS (Podemos) também considera que Berg Lima e Luiz Antônio têm sido tratados de forma distinta. Ele lamentou o clima de instabilidade política que se instaurou na cidade, causando caos e insatisfação no comércio e no serviço público. “A instabilidade está tomada, fornecedores não querem negociar com a prefeitura. O decreto por exonerações no serviço público causou caos. Existe atraso no pagamento de funcionários e o comércio tem sido prejudicado. A cidade vive momento atípico”, avaliou.

Betinho ainda causou alvoroço na Câmara ao solicitar que os vídeos com depoimento de testemunhas fossem exibidos na íntegra. “Parece que o material tem duas horas de duração, mas vamos assistir a poucos minutos. Sabemos que uma vírgula pode mudar uma frase, então para tomarmos uma decisão sábia e honesta o ideal seria ver tudo”, disse o vereador, ponderando que, na sua opinião, “Luiz Antonio está em desvantagem” e possivelmente será cassado.

Roni Alencar e Betinho consideram que, havendo o afastamento definitivo de Luiz Antônio, o presidente da Câmara e prefeito em exercício, Noquinha, teria competência suficiente para continuar gerindo a cidade, até a Justiça decidir se Berg volta ao mandato ou se novas eleições serão convocadas.

Os vereadores Lico (PSB), Uedson Orelha (PSL) e Danyelle Caetano (PSL) também ressaltaram a competência de Noquinha, mas evitaram comentar o provável resultado da sessão.

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