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Como a arquitetura pode contribuir para reduzir preconceitos?

Projeto do Unipê ajuda a divulgar conhecimentos sobre acessibilidade arquitetônica

Falar de acessibilidade é pensar em não só como em inclusão, mas em compreender o universo de outras pessoas. No caso de quem vive com alguma deficiência física ou mobilidade reduzida, a acessibilidade arquitetônica é um exemplo. E para a Profa. Ma. Kelly Christine Silva de Lima, de Arquitetura e Urbanismo do Unipê, a acessibilidade arquitetônica pode diminuir preconceitos e estereótipos que promovem a exclusão dessas pessoas.

“Com isto quero dizer que há na criação de espaços adequados e acessíveis, onde hajam soluções de desenho universal, uma menor chance de segregação e maior chance de inclusão e integração total”, diz a arquiteta e urbanista.

A lógica é de que se o direito à mobilidade e segurança é compartilhado por todos, não se percebem diferenças. “São as diferenças que podem gerar os sentimentos de preconceito e de incapacidade nas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em poucas palavras: oportunidades de uso dos espaços com igualdade para todos!”, acrescentou.

Como é vista a acessibilidade arquitetônica pelo mundo? Segundo Kelly, em países mais desenvolvidos, as experiências em arquitetura e urbanismo visam a implantação de critérios de Desenho Universal. Nele não existe uma definição “para deficientes”: na verdade, busca-se um atendimento a todas as sem destinação e com inclusão.

“Em países menos desenvolvidos, as condições de acessibilidade não representam, em sua maioria, uma necessidade para garantia da qualidade de vida das pessoas. Assim, em cada país é possível observar uma evolução ou deste cenário em relação ao Brasil. Boas práticas podem ser vistas em países como Canadá, Espanha, Inglaterra e Suécia, entre outros”, exemplifica.

Projeto do Unipê

No curso Arquitetura e Urbanismo do Unipê, Kelly coordena o projeto de extensão “Programa Acessibilidade e Desenho Universal para todos”. O projeto surgiu da necessidade de divulgar e compartilhar os conhecimentos sobre as condições de acessibilidade e tornar mais público as condições descritas em leis, normas e outros instrumentos usados em Arquitetura, Urbanismo e Design.

“Contudo, sem esquecer que tais condições contribuem para diminuir as diferenças e eliminar preconceitos, quebrando barreiras. É com isso que o projeto de extensão se ocupa: em prestar um serviço de esclarecimento quanto aos assuntos relacionados com a acessibilidade, em especial a arquitetônica”, explica Kelly. Estudante do quinto período do curso, Kainã Carlos tem tido uma experiência proveitosa como membro do projeto. “Nele, criamos um Instagram para o programa onde fizemos publicações, lives e enquetes com o intuito de difundir o conhecimento acerca da acessibilidade nos espaços. Além disso, com o mesmo objetivo elaboramos uma cartilha educativa, a qual fiz parte da equipe de desenhos técnicos com a função de ilustrar exemplos de espaços acessíveis”, contou. Para saber mais sobre o projeto, acesse o perfil dele no Instagram: @pesquisa.acessibilidade.

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